Notícia
Martifer agrava prejuízos para 69 milhões de euros em 2013
Empresa melhorou o EBITDA e aumentou os proveitos operacionais, mas foi penalizada pelas provisões e imparidades, bem como pelo agravamento dos prejuízos financeiros.
A Martifer terminou 2013 com um resultado líquido negativo de 69 milhões de euros, o que traduz um agravamento face aos prejuízos de 55,9 milhões registados um ano antes.
De acordo com o relatório e contas da empresa dos irmãos Martins, que foi publicado no site da CMVM, o agravamento dos prejuízos ficou a dever-se sobretudo ao agravamento das provisões e perdas de imparidade, que passaram de 2,2 milhões de euros em 2012 para 33,2 milhões de euros em 2013.
A empresa diz que foi penalizada pelo “reconhecimento da imparidade de goodwill, referente à actividade na Austrália, e pelo reforço de provisões para encerramento da actividade na Polónia”.
Ainda a afectar de forma negativa o lucro, os resultados financeiros foram negativos em 49,2 milhões de euros, acima dos 36,3 milhões de euros do ano anterior.
Quanto aos indicadores operacionais, que surgem nas primeiras linhas da demonstração de resultados, as variações foram positivas. Os proveitos operacionais subiram 14,5% para 592,9 milhões de euros e o EBITDA passou de 3,9 milhões de euros para 29,3 milhões de euros no ano passado.
A empresa justifica o crescimento dos proveitos com o “crescimento significativo no volume de negócio das áreas core business Solar e Construção Metálica e alavancado pela venda de parques eólicos na RE Developer”.
O negócio da venda de parques eólicos é também o contributo principal para o forte crescimento do EBITDA, sendo que a unidade de construção metálica continua ainda deficitária neste indicador (EBITDA negativo de 18,7 milhões de euros).
A empresa assinala que em 2013 reduziu a sua dívida líquida para 335 milhões de euros, menos 42 milhões de euros do que no ano anterior. “Podemos sublinhar com orgulho que o processo de redução da dívida continua a bom ritmo, apesar de todas as adversidades dos mercados”, refere a empresa no relatório e contas, mantendo o compromisso de baixar a dívida líquida para 275 milhões de euros no final de 2014.
“A reestruturação na área operacional de construção metálica dá já sinais de sucesso com a melhoria na margem operacional, sendo um caminho que queremos continuar a trilhar em 2014, com uma estrutura de capitais mais robusta, fruto da injecção de capitais próprios prevista para 2014”, acrescenta.