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Lucros da Sumol+Compal recuam 93,3% no semestre

Fabricante de bebidas registou menos 3,8 milhões em lucros até Junho, penalizada por Angola e Moçambique. E avisa que os resultados anuais de 2006 serão inferiores ao exercício passado.

26 de Agosto de 2016 às 18:39
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O grupo Sumol+Compal, detida em 93,57% pela Refrigor (directa e indirectamente) registou um resultado líquido, após interesses minoritários, de 278,8 mil euros no final do primeiro semestre de 2016.

O desempenho representa uma quebra de 93,32%, ou 3,88 milhões de euros a menos, do que a companhia lucrou no final do primeiro semestre de 2015, de acordo com os dados divulgados pela cotada esta sexta-feira, 26 de Agosto, após o fecho da negociação.

"Os resultados antes de impostos atingiram, nos primeiros seis meses do ano, 1,8 milhões de euros versus 5,7 milhões de euros no período homólogo", adianta a gestão da empresa na comunicação às redacções.

O EBITDA (ou resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recuou 4,7% no mesmo período, para 20,3 milhões de euros, e o EBIT caiu 12,2%, para 13,3 milhões de euros.

Em termos consolidados, o volume de negócios recuou 6,4%, para 159,2 milhões de euros.

Alerta para resultados anuais

No comunicado ao mercado e na nota às redacções, a administração da fabricante de refrigerantes e néctares avisa que "em consequência dos desempenhos previstos em Portugal e nos mercados internacionais, o volume de negócios e os resultados operacionais da Sumol+Compal, em 2016, deverão ser moderadamente inferiores aos gerados no ano anterior".

Entre Janeiro e Junho de 2016, as vendas totais da Sumol+Compal recuaram 7%, para 154,8 milhões de euros. E a queda das vendas no primeiro semestre, explica a gestão, é devida ao "comportamento dos mercados externos, designadamente pelas condições macroeconómicas em Angola e em Moçambique, dois mercados importantes para o desempenho da empresa – que tem em ambos unidades produtivas, assim como em Portugal.


Em Angola, "principal mercado externo da Sumol+Compal" a "evolução negativa das vendas" no ano de 2016, "deverá determinar um decréscimo da actividade internacional".

As vendas da S+C no exterior caíram 24,8% no primeiro semestre, para 41,8 milhões de euros, sendo agora o peso das exportações de 27% no total. A prestação reflecte, explica a gestão da fabricante portuguesa, "a contracção do mercado angolano não só por questões económicas, mas também como resultado da antecipação de encomendas efectuadas, no primeiro semestre de 2015, perante a introdução em Angola de fortes restrições à importação de bebidas".

Em sentido contrário, no mercado doméstico, as vendas aumentaram 4,1%, para 113 milhões de euros, "beneficiando da evolução positiva de praticamente todas as gamas de produtos".

Até ao final do ano, "o mercado português deverá continuar a ser o motor de crescimento da Sumol+Compal", a beneficiar do "aumento do rendimento disponível dos portugueses", de "condições climatéricas favoráveis no período de Verão" e do "crescimento do turismo", acredita a administração, liderada por Duarte Pinto (na foto), CEO da S+C.

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