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Lucro da Ramada sobe 143% até junho

A Ramada Investimentos e Indústria obteve lucros de 6,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que reflete um crescimento de 143% face ao mesmo período de 2020.

29 de Julho de 2021 às 18:34
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A Ramada Investimentos e Indústria registou no primeiro semestre deste ano um resultado líquido de cerca de 6,2 milhões de euros, o que revela um crescimento de 143,2% face ao resultado líquido obtido no período homólogo do ano passado, anunciou esta quinta-feira a empresa em comunicado à CMVM.

As receitas totais do grupo ascenderam até junho a 66,4 milhões de euros, apresentando um crescimento de 35% face ao mesmo período de 2020.

Os custos totais somaram 56,5 milhões, o que equivale a um acréscimo, em termos homólogos, de 28,3%.


O EBITDA da Ramada atingiu, assim, o montante de 9,8 milhões de euros, superior em 92,6% ao registado no primeiro semestre de 2020. A margem EBITDA ascendeu a 14,8%, um crescimento de 4,4 pontos percentuais face ao ano anterior.

Os resultados financeiros somaram neste período 510 mil euros, registando um decréscimo de 12,1%.

Relativamente aos segmentos de negócios, o grupo revela que no primeiro semestre as receitas totais do segmento indústria ascenderam a 62,7 milhões de euros, mais 37,8% do que há um ano. Já o EBITDA cresceu 207,4% para 6,9 milhões. O resultado líquido deste segmento somou cerca de 4,2 milhões de euros, crescendo 594,7% face ao período homólogo.

De acordo com o grupo, na primeira metade do ano a atividade de aços registou um crescimento significativo, em grande parte pelo forte contributo do setor da metalomecânica. Já o setor de moldes foi negativamente afetado pela crise vivida na indústria automóvel, em resultado da falta de componentes e lay-offs generalizados.

"O atraso verificado no lançamento de novos projetos para automóveis elétricos tem tido um efeito nefasto na indústria de moldes portuguesa, muito dependente do setor automóvel, o que tem gerado a necessidade de operar muito abaixo da capacidade instalada", aponta a Ramada.

A empresa salienta ainda que a procura de matéria-prima teve um aumento significativo a meio do semestre, tendo-se verificado constantes subidas de preços e escassez de materiais por parte de alguns fornecedores. "A subida abrupta da sucata e do minério de ferro que ocorreram a meio do semestre, o fecho das quotas de importação de países terceiros da União Europeia e as dificuldades dos transportes marítimos, provocaram uma acentuada subida de preços nos diversos tipos de aços", sublinha no comunicado.

No segmento do imobiliário as receitas totais foram de 3,6 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 0,2% face a igual período de 2020, tendo o EBITDA atingido 2,9 milhões, mais 2,5% em termos homólogos. O resultado líquido deste segmento ascendeu a 2 milhões de euros, ou seja, mais 4,1%.

No primeiro semestre o grupo Ramada realizou investimentos de 2,5 milhões de euros, sendo o seu endividamento nominal líquido, a 30 de junho, de cerca de 16 milhões.

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