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Lucro da Ramada cresce quase 132% até setembro para 10,1 milhões de euros

A Ramada Investimentos e Indústria registou um resultado líquido de cerca de 10,1 milhões de euros até setembro deste ano, o que representa uma subida de 131,9% em termos homólogos.

“Dividend yield”: 17,8%. O ganho obtido com a venda da Base permitiu à F. Ramada aumentar os lucros de 2017 em mais de quatro vezes, levando a estreante no PSI-20 a multiplicar por oito o valor do dividendo, que sobe de 28 cêntimos para 2,23 euros por acção. O 'dividend yield' aumenta para uns imbatíveis 17,8%, o que dá ao dividendo da F. Ramada o estatuto de melhor da bolsa portuguesa. A empresa vai entregar 57,2 milhões de euros aos accionistas.
19 de Novembro de 2021 às 07:53
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A Ramada Investimentos obteve lucros de 10,096 milhões de euros até setembro, de acordo com a informação divulgada pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Face ao mesmo período do ano passado, quando atingiu um resultado de 4,535 milhões, trata-se de uma subida de 131,9%. 


Até setembro, a empresa atingiu receitas totais de 102,6 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 37,1% contra os 74,8 milhões registados há um ano. 


O EBITDA da empresa nos três trimestres de 2021 aumentou 89,1% em termos homólogos, para 15,8 milhões de euros. A margem EBITDA ascendeu a 15,4%, o que representa um aumento de 4,3 pontos percentuais em termos homólogos. 


Os custos totais ascenderam a 86,8 milhões de euros, o que revela um crescimento de 30,6% face ao ano anterior. 


A empresa revela que, no segmento da indústria, obteve um resultado líquido de 7 milhões de euros até setembro, que compara com o 1,3 milhões de euros reportados há um ano, o que apresenta uma subida de 421,8% em termos homólogos. 


Já no que diz respeito à atividade dos aços, a empresa "registou um crescimento significativo comparativamente com igual período do ano anterior, sendo relevante o contributo do setor da Metalomecânica, que continua a destacar-se com índices de crescimento acentuados desde o início do ano", explica a informação apresentada à CMVM. 


"O setor de moldes continua com pouca atividade afetado pela crise vivida na indústria automóvel. O atraso verificado no lançamento de novos projetos para automóveis elétricos tem tido um efeito nefasto na indústria de moldes portuguesa, muito dependente do setor automóvel o que tem gerado a necessidade de operar muito abaixo da capacidade instalada", contextualiza a Ramada, que nota que "o trimestre iniciou-se com um comportamento de vendas abaixo do esperado", mas que em agosto foi verificado um "aumento consistente da procura, através da receção de novos projetos da indústria automóvel, o que indicia que este setor se encontra em fase de recuperação."


A procura de aço mantém-se em alta, garante a empresa, "assim como se continuam a verificar constantes subidas de preços e escassez de materiais por parte de alguns fornecedores." 


"A subida significativa da sucata e do minério de ferro que ocorreram a meio do primeiro semestre, o fecho das quotas de importação de países terceiros da União Europeia e as dificuldades dos transportes marítimos, provocaram uma acentuada subida de preços do aço. Prevê-se que os preços se mantenham elevados e que persista escassez de material nos próximos meses", avança a Ramada. 


A empresa revela ainda que as subidas do preço da energia elétrica e do gás natural vão ter um impacto significativo na atividade do grupo," pelo que foi decidido avançar com o projeto Ramada Solar, estando o arranque da produção do primeiro Megawatt previsto para o final de janeiro de 2022."


A atividade de trefilaria também "registou um crescimento acentuado de vendas face ao ano anterior, em resultado de aumentos significativos de preços e do volume de produção."


"A atividade de trefilaria opera essencialmente no mercado externo, tendo nos primeiros nove meses de 2021 representado 65,8% do volume de negócios. As exportações deste setor registaram um crescimento de 82% face a igual período de 2020. Os principais destinos das exportações foram Espanha, Estados Unidos e França", indica a Ramada. 


Relativamente ao segmento imobiliário, foi registado um resultado líquido de 3,1 milhões de euros até setembro, uma subida de 2% em termos homólogos. 

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