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Lucro da Corticeira Amorim sobe 32% para 98 milhões em 2022

As vendas da empresa liderada por António Rios Amorim superaram no ano passado pela primeira vez os 1.000 milhões de euros, com o grupo Saci a contribuir com 117 milhões. Em termos orgânicos, o crescimento foi de 7,9%.

António Rios Amorim lidera a Corticeira Amorim desde março de 2001, quando sucedeu no cargo ao tio Américo, que faleceu em julho de 2017.
João Manuel Ribeiro
23 de Fevereiro de 2023 às 16:54
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A Corticeira Amorim registou em 2022 lucros de 98,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 31,6% face ao ano anterior, tendo os ganhos sido positivamente impactados "por uma decisão favorável relacionada com uma contingência fiscal (de 11,4 milhões de euros)", explica.

Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por António Rios Amorim revela que as vendas atingiram no ano passado 1.021 milhões de euros, um aumento de 21,9% face a 2021, para as quais contribuíram "a consolidação da atividade das empresas do grupo Saci, desde 1 de janeiro, e o sólido crescimento orgânico (mais 7,9%)", explica.

A Corticeira Amorim diz ainda que, "apesar do abrandamento registado ao longo do ano, todas as unidades de negócio registaram crescimento das vendas, refletindo a melhoria do mix de produto, a subida de preços e maiores níveis de atividade".

A evolução cambial, refere ainda, teve também um impacto positivo, sendo que excluindo este efeito as vendas teriam subido 19,9% (ou 5,9% excluindo a consolidação da italiana Saci, que é detida pela Corticeira Amorim em 50% desde 1 de janeiro). 


O EBITDA consolidado subiu de 134,4 milhões em 2021 para 164 milhões em 2022, sendo o rácio EBITDA/vendas de 16,1%.


O grupo salienta no comunicado que as pressões inflacionistas "continuaram a penalizar os resultados, com especial destaque para o agravamento significativo dos preços de energia e de algumas matérias-primas, bem como o aumento dos custos com pessoal".

Nesse sentido, acrescenta, "os esforços de melhoria do mix de produto e de ajuste dos preços foram determinantes para a proteção da rentabilidade em 2022".


No final de dezembro, a dívida remunerada líquida da empresa ascendia a 129 milhões de euros, mais 81 milhões do que no final de 2021, "refletindo as aquisições realizadas em 2022, nomeadamente a participação de 50% na Saci (49 milhões de euros), a participação de 50% na Cold River’s Homestead, detentora de uma parte da chamada Herdade do Rio Frio (15 milhões) e o terreno de uma outra parte da Herdade do Rio Frio (22 milhões)", explica. 


Os aumentos do investimento em ativo fixo (77 milhões) e das necessidades de fundo de maneio (48 milhões), assim como o pagamento de dividendos (39 milhões), contribuíram também para o crescimento do valor da dívida líquida em 2022, aponta o grupo, que destaca ainda o reforço dos instrumentos de financiamento sustentável que totalizavam 86 milhões de euros no final de 2022.

Todas as unidades de negócio sobem vendas

O grupo adianta que as vendas da unidade de negócio (UN) Rolhas totalizaram 754 milhões de euros, uma subida de 27,1% face a 2021, beneficiando "particularmente da melhoria do mix de produtos e da subida de preços implementada no início do ano, bem como do impacto favorável da valorização cambial", salienta, acrescentando que excluindo este feito, o aumento das vendas teria sido de 25,1%.


Por seu lado, a UN Revestimentos registou um crescimento de vendas de 7,1% para 132 milhões, "refletindo melhorias do mix de produto, com uma evolução particularmente favorável dos produtos lançados recentemente, e subidas de preços", aponta. Em termos geográficos, a Corticeira Amorim salienta a evolução positiva nos países escandinavos e de Portugal, enquanto os volumes na Alemanha continuaram a evidenciar a tendência de abrandamento iniciado no mês de julho.

Já as vendas da UN Aglomerados Compósitos subiram para 124,6 milhões de euros, mais 6,7% face a 2021, beneficiando de uma evolução favorável do dólar e da subida de preços.

As vendas da UN Isolamentos totalizaram 16 milhões, um aumento de 9,8% face ao ano anterior, "apesar dos menores níveis de atividade decorrentes de paragens programadas nas suas duas unidades industriais", afirma o grupo, referindo que a rentabilidade operacional foi negativamente impactada pelo aumento dos preços de consumo de cortiça e dos custos operacionais.

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