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Inapa diminui vendas mas aumenta lucros
No primeiro semestre deste ano, o Grupo Inapa (actua nas áreas de distribuição de papel, da comunicação visual e das embalagens ) registou, face ao período homólogo, uma subida de 87% nos resultados líquidos, totalizando 520 mil euros, mais 240 mil euros do que mesmo período do ano passado.
No entanto, as vendas consolidadas decresceram 6,3% face ao mesmo período de 2012, atingindo os 442,8 milhões de euros. O decréscimo é explicado pelo grupo com a redução das vendas de papel de 7,9%, “devido não só à conjuntura de mercado negativa mas também ao rigor no controlo do risco de crédito de clientes a par da política de defesa da margem”.
Apesar do abrandamento na actividade, os negócios complementares continuaram “a tendência positiva que têm vindo a registar”, com um crescimento de 5,9% na embalagem e 5% no negócio da comunicação visual, compensando parcialmente a queda do negócio do papel.
No primeiro semestre de 2013, a Inapa diz que em resultado do “rigor imprimido à gestão de custos”, os custos de exploração antes de imparidade decresceram 3,3 milhões de euros (menos 4,6%) face a 2012, como resultado dos “menores custos de distribuição, de pessoal e custos administrativos”. Esta redução permitiu atenuar o efeito da quebra de 6,3% registada nas vendas.
O comunicado do grupo reforça ainda que a “solidez financeira foi reforçada”, tendo o fundo de maneio sofrido um decréscimo de 31 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2012 e a dívida líquida decrescido 23,2 milhões face ao período homólogo (331,9 milhões de euros). Já os custos financeiros, quando comparados com os primeiros seis meses de 2012, reduziram-se 21% para 7,3 milhões de euros. “Apesar do agravamento registado nas condições de crédito e do ainda elevado endividamento, a redução da dívida bruta permitiu um menor nível de encargos financeiros. Para a redução da dívida consolidada contribuíram para além dos meios gerados pela exploração, a redução do fundo de maneio”, explica a empresa cotada.
Os resultados antes de imposto atingiram os 800 mil euros, e a performance segundo o grupo foi afectada “pela redução registada ao nível dos volumes, que foi parcialmente compensada por uma melhoria da margem, contenção ao nível dos custos operacionais e redução dos custos financeiros”.
No período em análise, e como resultado da execução do plano estratégico, o peso dos negócios complementares (embalagem e comunicação visual) na geração de resultados operacionais (EBIT) do Grupo aumentou, representando 15,3% e 12,4% respectivamente, enquanto o negócio do papel viu reduzir o seu peso no consolidado de 78,6% para 72,3%.