A maior parte da produção em Portugal é exportada. A empresa já realiza, no conjunto, pouco negócio em território nacional.

Mas João Miranda, presidente da Frulact, garante ao Negócios que se justifica e justificará sempre a manutenção da empresa em Portugal. "Não por razões de competitividade sob o ponto de vista de custo, mas em Portugal temos as nossas raízes". E fala, por isso, em ser gratos "para com quem nos ajudou a crescer e a desenvolver. Há um activo muito importante, que é o capital humano".

Já são várias as geografias em que a empresa está presente. E João Miranda elogia "os quadros competentes com níveis competitividade extremamente elevados e com níveis de responsabilização muito interessantes", sempre disponíveis a serem expatriados para ajudar a empresa noutras geografias. 

João Miranda garante, por isso: "continuamos a investir em Portugal", na produção, mas não só. Os serviços de suporte à gestão das unidades industriais estão centralizados na Maia, em mais de 140 pessoas. E estas têm de gerir duas mil matérias-primas alimentares, que é um processo complexo, além de mil produtos acabados. João Miranda fala da "mega estrutura centrada na Maia", realçando também a importância da Frutec que é um centro inovação, que tem 45 pessoas.

A Frulact está "constantemente a ler o mercado e a investigar, em interacção com o sistema tecnológico e científico, para desenvolver produtos para provocar os nossos clientes".
 

Como grande projecto deste ano, o responsável avança com a unidade do Canadá. Depois de consolidado o investimento da África do Sul, feito em 2012, e reforçado há dois anos com a compra da participação do parceiro, João Miranda garante: "este ano claramente todos os 'frulacteanos' estão focados no Canadá", onde a Frulact tenciona arrancar a construção da unidade em Abril.