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Francesa Tryba investe 50 milhões numa fábrica e cria 200 empregos em Famalicão
Após ter comprado 49% da portuguesa Caixiave, que garante ser líder ibérica no fabrico de janelas e portas em PVC, faz aliança luso-francesa para a construção de raiz de uma produtora de caixilharia no concelho mais exportador do Norte do país.
O grupo francês Atrya, mais conhecido pela sua marca Tryba, adquiriu em janeiro passado 49% da portuguesa Caixiave, que garante ser a maior produtora ibérica de janelas e portas eficientes de PVC, com uma faturação da ordem dos 30 milhões de euros e cerca de 250 trabalhadores.
Quatro meses depois, a Câmara de Famalicão, concelho sede da Caixiave, anuncia que "o grupo Tryba, constituído por empresas francesas e portuguesas, entre as quais a famalicense Caixiave, vai criar 201 novos postos de trabalho em Vila Nova de Famalicão".
Em comunicado enviado às redações esta quinta-feira, 21 de maio, a autarquia avança que, "reunindo duas das maiores empresas europeias no fabrico, comercialização e montagem de caixilharia, o grupo vai avançar com a construção de raiz de uma nova unidade industrial na freguesia de Ribeirão".
Num investimento que deverá rondar os 50 milhões de euros, a nova fábrica será construída na Rua do Sol Poente, em Ribeirão, junto ao complexo fabril da Caixiave, e será constituída por duas naves industriais. "A fase de execução do projeto deverá arrancar em breve", afiança a Edilidade.
A operação de compra de quase metade da Caixiave e a construção da nova fábrica em Famalicão faz parte da estratégia de desenvolvimento europeia do grupo francês de caixilharia, que fatura 230 milhões de euros, emprega mais de mil trabalhadores, tem nove fábricas e cerca de 300 pontos de venda Tryba.
Autarquia concede apoio ao investimento no valor de 309 mil euros
O novo investimento industrial em Famalicão foi esta quinta-feira classificado pela autarquia como um "projeto empresarial de interesse municipal ao abrigo do regulamento Made 2IN".
Com esta declaração de interesse público municipal, o grupo empresarial "é contemplado com a concessão de um apoio ao investimento no valor de 309 mil euros, com um conjunto de benefícios de natureza fiscal previstos no regulamento Made 2IN, nomeadamente, ao nível do IMI, IMT e na redução das taxas de licenciamento das operações urbanísticas", enfatiza a autarquia presidida por Paulo Cunha.
Refere a Edilidade que, desde que o Made 2IN entrou em vigor, em finais de 2014, e até Setembro passado, tinham sido aprovados 55 projetos empresariais de interesse municipal, que representaram um investimento global de quase 190 milhões de euros e a criação de mais de mil postos de trabalho.
Entretanto, "em abril do ano passado, o regulamento passou a ter novos critérios de classificação, passando, por exemplo, a dar mais ênfase ao emprego criado e à sua qualidade do que ao montante de investimento realizado", sublinha a autarquia.