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Falta de energia leva fábricas de tecnologia chinesas a parar até três dias por semana
O Governo chinês ordenou que parassem entre um e três dias por semana e economizassem energia face às falhas detetadas na rede, causadas pelas temperaturas altas e a fraca pluviosidade. Já é possível sentir um atraso na produção.
Alguns dos centros industriais do sul da China estão a ser obrigados a parar entre 1 e 3 dias por semana e a reduzir o consumo de energia face à insuficiência elétrica causada pela retoma da atividade económica.
A notícia é avançada pelo Financial Times que foca as cidades de Guangzhou, Foshan e Dongguan, conhecidas pela produção de bens de alta tecnologia exportados para todo o mundo.
Segundo Klaus Zenkel, membro da Câmara de Comércio da União Europeia na China citado pelo FT, diz que o problema tem raiz nas infraestruturas instaladas e que cerca de 100 empresas já foram afetadas pelo abrandamento na produção. Maiores impactos poderão ser esperados caso o problema não seja resolvido.
O oficial da UE explica ainda que "depois da recuperação económica pós-pandemia as empresas ficaram muito ocupadas e têm imensas encomendas. Agora, foi pedido a algumas que parassem um a três dias por semana e isso é muito pouco razoável".
Em adição à procura de energia sem precedente na região, as altas temperaturas e a fraca pluviosidade que se fazem sentir estão a piorar a situação já que grande parte da energia da região é gerada através de centrais hídricas.
Para a situação contribui também a relutância dos governos locais em produzir mais energia através de fontes fósseis face às metas carbónicas do país. Alguns analistas referiram ainda ao jornal o peso das limitações nas importações de carvão e a fraca produção interna como um fator.