A Ercros, química espanhola que está a ser disputada pela portuguesa Bondalti e pela italiana Esseco, fechou o ano passado com prejuízos de 11,6 milhões de euros, que comparam com lucros de 27,6 milhões em 2023.

"Estes resultados são consequência de uma persistente debilidade da procura europeia, de elevados custos de energia e de uma forte concorrência. Os preços da energia continuam a comprometer a competitividade da Europa em relação aos EUA e à Ásia, embora haja alguns indícios de que o setor poderá estar a chegar à fase final do atual ciclo de ajustamento. Exemplo disto na Ercros é a melhoria relativa no segundo semestre de 2024 comparando com igual período de 2023, em indicadores-chave como as vendas, a contribuição e o EBITDA [resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações]", justifica, em comunicado, publicado esta terça-feira.

No cômputo do ano, as receitas da Ercros caíram 7,6% para 700,3 milhões de euros, por força do declínio de 9% nas vendas de produtos acabados para 643,4 milhões de euros. No entanto, como refere, na primeira metade do ano as vendas caíram 17%, enquanto na segunda aumentaram 2,7%. Dos 63,78 milhões de euros de vendas a menos face a 2023, a descida do preço médio por tonelada - explica a empresa com sede em Barcelona - representa 38,64 milhões (60,6%), enquanto o menor volume de toneladas vendidas pesa 26,6 milhões (41,7%).

Já o EBITDA foi de 29,3 milhões de euros, traduzindo uma quebra superior a 33% face a 2023.

A Ercros sublinha, porém, que "mantém uma situação financeira sólida", com 110 milhões de euros de liquidez, dando ainda nota de que "o consenso generalizado das publicações especializadas prevê uma recuperação paulatina da procura pela indústria química europeia a partir do segundo semestre de 2025".