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Efacec com prejuízos de 73 milhões em 2020

Nos últimos dois anos, impactada negativamente pela pandemia e, sobretudo, pela crise acionista, os prejuízos acumulados da empresa em processo de reprivatização ultrapassaram os 100 milhões de euros.

A Efacec está sediada em Leça do Balio, Matosinhos.
16 de Abril de 2021 às 14:19
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A Efacec fechou o exercício de 2020 com prejuízos de 73,3 milhões de euros, sabe o Negócios.

 

Um resultado que, quando somado aos 28,3 milhões negativos registados no ano anterior, significa que a companhia nacionalizada em julho passado acumulou prejuízos de 101,6 milhões de euros nos últimos dois anos, exercícios que foram negativamente impactados pela crise acionista, assim como, nos últimos tempos, pela pandemia de covid-19.

 

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi negativo em 20,2 milhões de euros em 2020, contra 22,5 milhões positivos no ano anterior. Já as receitas da empresa, que emprega cerca de 2.350 pessoas, caíram 39% para 216 milhões de euros.

 

Recorde-se que, para evitar o colapso da Efacec, o Governo decidiu nacionalizar a posição acionista de 71,73% de Isabel dos Santos, cuja presença no capital da companhia se tornou tóxica na sequência do envolvimento do seu nome no caso Luanda Leaks, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária e do falecido marido que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

 

Entretanto, no atrasado processo de reprivatização da Efacec, que recebeu 10 propostas não vinculativas, a lista de candidatos finais ao controlo da companhia deverá ir a Conselho de Ministro na próxima semana.

 

Na passada terça-feira, em visita à Efacec, o ministro da Economia garantiu que "tudo [leia-se processo de privatização] ficará garantidamente concluído até ao final do ano".

 

Entretanto, a empresa liderada por Ângelo Ramalho está novamente a trilhar o caminho da ascensão, apresentando já indicadores positivos.

 

"Março foi um mês recorde de faturação na história recente da nossa empresa, que compensou o fraco mês de fevereiro e permitiu alcançarmos o objetivo do trimestre", adiantou o chairman e CEO da Efacec ao Negócios, ainda esta semana, sem detalhar valores.

 

Melhor: "O resultado operacional do trimestre será marginalmente positivo – embora abaixo do planeado, assinala o segundo trimestre consecutivo de resultados operacionais positivos, depois de sete trimestres consecutivos de resultados operacionais a cair, dos quais quatro consecutivos de resultados substancialmente negativos", frisou o mesmo gestor.

 

Ângelo Ramalho sublinhou que a equipa que lidera "está focada na operação - em recuperar a empresa da enorme turbulência, da situação complexa em que esteve envolvida".

 

"O processo de reprivatização que está em curso não nos deve distrair, nem condicionar a nossa atividade", rematou.

 

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