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É ambicioso pensar que Estado vai recuperar todo o dinheiro colocado na Efacec, reitera Pedro Reis
Pedro Reis falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, tendo sublinhado que, uma vez feito e concretizado o negócio, "há que respeitar a negociação".
17 de Dezembro de 2024 às 18:59
O ministro da Economia, Pedro Reis, reiterou esta terça-feira que considera ambicioso pensar que vai ser possível recuperar todo o dinheiro público que foi colocado na Efacec, recusando qualquer redesenho do modelo de venda.
"As métricas de recuperação dos dinheiros públicos que foram colocados na empresas implicam múltiplos de crescimento dos EBITDA [Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] que me parecem demasiados ambiciosos", disse o ministro, para reiterar que lhe parece "ambicioso" pensar que é recuperável todo o valor que o Estado colocou na empresa.
Pedro Reis falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, tendo sublinhado que, uma vez feito e concretizado [pelo anterior governo] o modelo de venda a parceiros privados, "há que respeitar a negociação", pois o que o Estado não pode é redesenhar retroativamente esse modelo.
Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), cujos resultados foram conhecidos no final de setembro, concluiu que a decisão do Estado em nacionalizar e depois reprivatizar a Efacec pode atingir um custo, em financiamento público, de 564 milhões de euros, sendo que os objetivos não foram alcançados.
Adicionalmente, o TdC considerou que a escolha da proposta vencedora da reprivatização da Efacec, da Mutares, aumentou o risco da operação e fez com que o Estado gastasse mais 271 milhões de euros.
No início deste mês, o parlamento aprovou, apenas com os votos contra do PS, a proposta da IL para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da tutela política na empresa Efacec.
Ao longo da audição, o ministro foi confrontado por vários partidos da oposição com os encerramentos de empresas ou situações de 'layoff' (redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos) que estão a registar-se, nomeadamente, nos setores automóvel e têxtil, tendo deixado a garantia de que estes casos estão a ser acompanhados de perto pelo Governo, envolvendo autarquias e organismos públicos.
Salientando que cada caso é um caso, especificou que tem sido feita uma verificação das várias situações de encerramento de unidades industriais, nomeadamente se houve ou não incentivos públicos e se as contrapartidas foram ou não cumpridas ou se podem ser usados como instrumento de pressão.
"As métricas de recuperação dos dinheiros públicos que foram colocados na empresas implicam múltiplos de crescimento dos EBITDA [Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] que me parecem demasiados ambiciosos", disse o ministro, para reiterar que lhe parece "ambicioso" pensar que é recuperável todo o valor que o Estado colocou na empresa.
Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), cujos resultados foram conhecidos no final de setembro, concluiu que a decisão do Estado em nacionalizar e depois reprivatizar a Efacec pode atingir um custo, em financiamento público, de 564 milhões de euros, sendo que os objetivos não foram alcançados.
Adicionalmente, o TdC considerou que a escolha da proposta vencedora da reprivatização da Efacec, da Mutares, aumentou o risco da operação e fez com que o Estado gastasse mais 271 milhões de euros.
No início deste mês, o parlamento aprovou, apenas com os votos contra do PS, a proposta da IL para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da tutela política na empresa Efacec.
Ao longo da audição, o ministro foi confrontado por vários partidos da oposição com os encerramentos de empresas ou situações de 'layoff' (redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos) que estão a registar-se, nomeadamente, nos setores automóvel e têxtil, tendo deixado a garantia de que estes casos estão a ser acompanhados de perto pelo Governo, envolvendo autarquias e organismos públicos.
Salientando que cada caso é um caso, especificou que tem sido feita uma verificação das várias situações de encerramento de unidades industriais, nomeadamente se houve ou não incentivos públicos e se as contrapartidas foram ou não cumpridas ou se podem ser usados como instrumento de pressão.