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Dona das salsichas Nobre alvo de OPA
A Campofrío foi alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da mexicana Sigma, que ofereceu uma contrapartida de 6,80 euros, o que representa um prémio de 10,5%.
A Sigma decidiu lançar uma OPA sobre a Campofrío, oferecendo 6,80 euros por acção, o que avalia a empresa em 695 milhões de euros, de acordo com o “Cinco Días”. Tendo em conta o preço de fecho das acções na sessão de quarta-feira, 13 de Novembro, o prémio oferecido é de 10,5%. A Sigma é já detentora de 45% do capital da Campofrío.
Pedro Ballvé, actual presidente da Campofrío, deverá manter-se na liderança da companhia, pelo menos nos próximos cinco anos, e poderá passar a deter uma participação indirecta de 12,4%, segundo o mesmo jornal.
Ainda no final de Setembro deste ano a chinesa Shuanghui International Holdings concluiu a aquisição da norte-americana Smithfield, negócio com o qual assumiu a posição de maior accionista da espanhola Campofrio. A empresa chinesa ficou com 36,9% da Campofrío, mas comprometeu-se a reduzir esta posição.
O jornal espanhol adianta ainda que a Shuanghui ainda não se pronunciou sobre o lançamento da oferta.
A Campofrío é proprietária, há vários anos, da empresa portuguesa de produtos de charcutaria Nobre, que volta assim a mudar de mãos.
A Nobre passou a fazer parte do grupo Campofrio em 2008, quando este acordou uma fusão com a Smithfield, a qual tinha adquirido em 2006 a empresa portuguesa. Detentora de uma fábrica em Rio Maior, onde nasceu a partir de um negócio familiar há quase um século, a Nobre tem ainda instalações na Maia, em Lisboa e em Portimão.
As acções da Campofrío sobem 11,22% para 6,84 euros, superando assim o valor oferecido pela Sigma e chegou mesmo a disparar mais de12,5% para 6,93 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Fevereiro de 2012.