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Corticeira Amorim com lucros de 75 milhões, bate recorde de vendas e dividendo

Assim se vê a força da maior empresa de produtos de cortiça do mundo: fechou o último exercício com vendas de 837,8 milhões de euros, mais 57 milhões do que o recorde pré-pandemia de 2019, com o “board” a propor um aumento do dividendo bruto para 20 cêntimos por ação.

António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim. Paulo Duarte
24 de Fevereiro de 2022 às 16:53
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Após ter perdido vendas de 41 milhões de euros em 2020 devido à pandemia, a Corticeira Amorim não só recuperou esse valor como fechou 2021 acima do máximo de faturação de 2019, batendo novo recorde de receitas para 837,82 milhões de euros, um aumento de 13,2% face ao ano anterior e 7,3% em relação à cifra máxima de pré-pandemia.

 

Com este dado supletivo: "Em 2021, as vendas foram penalizadas por uma evolução cambial desfavorável – excluindo este efeito, teriam subido 13,7%", enfatiza a empresa, esta quinta-feira, 24 de fevereiro, em comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM).

Todas as unidades de negócio da Corticeira Amorim registaram crescimentos nas vendas, com a de rolhas, que vale mais de 70% da faturação consolidada do grupo, a atingir os 593,3 milhões de euros, mais 12,5% do que em 2020.

 

Já os lucros foram de 74,8 milhões de euros em 2021, mais 16,2% do que no ano anterior e a roçar os quase 75 milhões obtidos em 2019.

 

Resultado: a tradição de distribuir um dividendo bruto de 18,5 cêntimos por ação - como aconteceu em 2017, 2018, 2019 e 2020 - é revista e aumentada, com a administração da empresa liderada por António Rios Amorim a anunciar que irá propor, na assembleia geral a realizar a 28 de abril próximo, a distribuição de um dividendo bruto de 20 cêntimos por ação, no valor de 26,6 milhões de euros.

 

Realce também para o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado da Corticeira Amorim, que atingiu os 134,4 milhões de euros em 2021, o que traduz um crescimento de 9,7% face ao ano anterior, suportado sobretudo pelos maiores níveis de atividade.

 

"Os resultados operacionais foram, no entanto, muito penalizados pelas crescentes pressões inflacionistas, particularmente de matérias-primas não cortiça, transportes e energia", ressalva a empresa, tendo o rácio EBITDA/vendas registado um decréscimo para 16,0% (contra 16,6% em 2020).

Corte robusto na dívida remunerada líquida para 48,1 milhões de euros

 

Destaque ainda para a robustez do balanço do grupo de Mozelos, que continua a reduzir fortemente o seu passivo - encerrou o exercício com uma dívida remunerada líquida de 48,1 milhões de euros (contra 110,7 milhões um ano antes), o nível mais baixo desde junho de 2017.

 

"Esta redução significativa reflete essencialmente a evolução muito favorável da geração de fluxos de caixa e a redução excecional das necessidades de fundo de maneio (decréscimo de 49,5 milhões de euros)", sinaliza a Corticeira Amorim, explicando que "o valor da dívida remunerada líquida incluía já o pagamento de dividendos (35,9 milhões de euros), as aquisições das participações de 50% na Cold River’s Homestead (15 milhões), detentora de uma parte da chamada Herdade de Rio Frio, e de 10% na Bourrassé (5 milhões), bem como o investimento em ativo fixo (44,0 milhões)".

 

 

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