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CEO da Sonae: “Não há bons negócios num mau planeta”

“Já em 1995, o meu pai escrevia ‘newsletters’ para a Sonae chamando a atenção para a importância de uma gestão ambiental integrada nos nossos negócios”, recordou Cláudia Azevedo, na abertura do Innovators Forum’24, que decorre esta quarta-feira, em Lisboa.

José Gageiro/Movephoto
27 de Novembro de 2024 às 15:20
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"O modelo linear de ‘extraio materiais, construo e deito fora’, realmente não funciona. É como estar a conduzir um carro de alta velocidade contra uma parede", atirou Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, na abertura  da segunda edição do Innovators Forum’24, desta vez dedicada à circularidade, que decorre esta quarta-feira, 27 de novembro, no Pátio da Galé, em Lisboa.

"E também não pode funcionar porque estamos a extrair recursos do nosso planeta. Todos os anos consumimos cerca de 100 mil milhões de toneladas materiais, sendo que nos últimos seis anos extraiu-se mais materiais do que no último século. A esta velocidade, a percentagem de economia circular está a baixar, não está a acompanhar o ritmo", alertou a líder da Sonae.

Num fórum que vai reunir especialistas nacionais e internacionais, com projetos pioneiros e experiências concretas da economia circular, Cláudia Azevedo enfatizou que a promoção da circularidade "está no coração" do grupo Sonae.  

"A circularidade faz parte da nossa história. O meu pai, em 1995, escrevia ‘newsletters’  para a Sonae chamando a atenção para a importância de uma gestão ambiental integrada nos nossos negócios", lembrou. Porque "não há bons negócios num mau planeta", rematou Cláudia Azevedo.

Há meia dúzia de dias, em comunicado, a Sonae  garantia que, com iniciativas para a promoção da circularidade, o volume de negócios do grupo proveniente de produtos e serviços circulares ascendeu a cerca de 90 milhões de euros em 2023.

"Os negócios de retalho da Sonae conseguiram valorizar 85% dos resíduos e reduzir a utilização de plástico de uso único. No final de 2023, 86% das embalagens plásticas utilizadas nos produtos de marca própria eram recicláveis e as práticas de 'desperdício zero', adotadas pela MC [a dona do Continente], já evitaram o desperdício de bens alimentares no valor de 66 milhões de euros", podia ler-se no comunicado.

(Notícia atualizada às 15:31)

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