A Corticeira Amorim apurou um resultado líquido de 25,14 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma contracção de 5,1% face ao período homólogo, segundo os resultado comunicados através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A diminuição dos lucros contrasta com um aumento das vendas de 2,6% face ao mesmo período do ano passado. As unidades de matérias-primas e rolhas tiveram receitas combinadas de 419,14 milhões de euros, com a primeira a ser condicionada pelas condições de retirada de cortiça em 2012. A cortiça é extraída um ano antes de ser vendida. Já na unidade rolhas, as vendas aumentaram 6,3% para 260,7 milhões de euros.

A justificar a disparidade entre as receitas e os resultados líquidos estará o efeito desfavorável dos câmbios. O negócio de exportação de cortiça e rolhas em Portugal está exposto ao risco cambial, já que a empresa financia as suas operações em euros e factura as exportações em divisas estrangeiras. Os encargos com impostos também terão aumentado.

"Após uma estimativa de imposto de 14 milhões de euros o resultado líquido apurado" foi de 25,14 milhões de euros, refere a empresa liderada por António Rios Amorim (na foto). "Este valor foi também fortemente influenciado pela taxa de câmbio da principal divisa de exportação" que é o dólar dos Estados Unidos da América, e cujo desempenho foi "especialmente desfavorável no terceiro trimestre do exercício", lê-se no comunicado.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da Corticeira Amorim sofreu uma contracção homóloga de 5,3% nos primeiros nove meses. Isto, apesar de a evolução ter sido favorável no trimestre que terminou em Setembro ter sido favorável em 83% face ao período homólogo.