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ASM Energia investe cinco milhões na produção de torres eólicas

A empresa de Sever do Vouga, pertencente ao Grupo A. Silva Matos, prevê um aumento de produção de 40% e a criação de 30 novos postos de trabalho já a partir de Março.

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30 de Janeiro de 2017 às 16:58
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A ASM Energia está a completar um investimento de cinco milhões de euros para aumentar em 40% a capacidade de produção da fábrica de Sever do Vouga e dotá-la de "capacidade para fabricar secções de torres eólicas metálicas até 80 toneladas de peso unitário, com maior espessura e diâmetro". A conclusão das obras está prevista para o final de Fevereiro e envolverá a contratação de 30 novos trabalhadores.
 
Segundo a empresa do distrito de Aveiro, que em 2016 facturou mais de 13 milhões de euros com as torres eólicas, este investimento envolve a construção de um novo pavilhão e a aquisição de maquinaria avançada, "inclusivamente uma máquina que permite dobrar aço com 100 milímetros de espessura, capacidade necessária para as torres de nova geração".
 
"Esta nova unidade vai permitir aumentar a produtividade e competitividade, ombreando com produtores de todo o mundo, manter a capacidade exportadora na ordem dos 95%, para a Europa e Américas, e consolidar a sua posição como maior produtor nacional" e o único que também produz para utilização ‘offshore’, destacou Adelino Costa Matos, CEO da ASM Industries, que detém a ASM Energia.
 
A ASM Energia pertence ao grupo A. Silva Matos – fundado em 1980 por Adelino Silva Matos e pela mulher, Edite da Costa e Silva Matos –, constituído por mais de vinte empresas, que empregam 450 pessoas e facturam cerca de 50 milhões de euros. A ASM Industries é uma das três sub-holdings do grupo e é liderada actualmente pelo mais novo dos três filhos do fundador, que este mês assumiu também a presidência da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
 
O responsável desta empresa, que desde 2006 já fabricou mais de 3.500 secções metálicas para torres eólicas para os mercados europeu e sul-americano, considerou que "esta é uma área em que Portugal tem claramente muito para crescer". Citado num comunicado de imprensa, Adelino Costa Matos destacou a qualificação dos recursos humanos disponíveis neste segmento de mercado, incluindo "alguns novos quadros superiores portugueses de elevado potencial que [foram] recrutar ao estrangeiro para regressarem ao país".

Um aviso diferente, com outros argumentos, foi deixado há apenas dois meses pela EDP Renováveis, quando alertou que Portugal corre o risco de ficar para trás neste sector. Durante a conferência anual da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), a energética sublinhou que, com o aproximar do fim das tarifas bonificadas e o envelhecimento das centrais, só é possível proceder à renovação das centrais eólicas com nova legislação.
 
A ASM Energia e a EDP Renováveis são duas das participantes no projecto Demogravi3, com a duração de quatro anos, que vai receber um total de 26,8 milhões de euros da Comissão Europeia, no âmbito do Programa Horizonte 2020, para desenvolver uma nova tecnologia para produzir energia eólica offshore (no mar). Do montante total concedido, 19,2 milhões de euros são a título não reembolsável.

Como o Negócios noticiou em Novembro de 2015, este aerogerador vai ficar instalado o Parque de Ondas da Aguçadoura, seis quilómetros ao largo da Póvoa do Varzim. Era aqui que se encontrava a turbina do projecto Windfloat, que entretanto rumou a Viana do Castelo para a segunda fase do projecto e que em Dezembro de 2016 recebeu a autorização do Governo paraa produção de electricidade.
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