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Antiga cerâmica do universo Espírito Santo acaba nas mãos da Arrow
Pertenceu à Rioforte, do Grupo Espírito Santo, passou para a Prebuilld, de João Gama Leão, e, já em processo especial de revitalização (PER), foi vendida à Oxy Capital. Agora, a Aleluia, volta a mudar de mãos, passando para o britânico Grupo Arrow.
Em 2006 nasceu a Aleluia - Cerâmicas, S.A., fruto da fusão de várias empresas portuguesas detentoras das marcas Aleluia, Ceramic, Apolo, Viúva Lamego e Keratec. Seis anos mais tarde, com a empresa em sérias dificuldades, a Aleluia foi adquirida pela Prebuild, de João Gama Leão.
O empresário viria a dizer em 2021, na comissão de inquérito parlamentar sobre o colapso do BES, que a compra da Aleluia foi feita a pedido do banco de Ricardo Salgado e foi fechada pela assunção da dívida, mediante o compromisso do BES em reestruturar essa mesma dívida. O grupo Prebuild emergiu como um dos grandes devedores do Novo Banco.
Em 2016, entretanto, a "private equity" Oxy Capital comprou a Aleluia, avançando para um processo especial de revitalização (PER) no mesmo ano. A gestora de fundos, que controla empresas como a fabricante de cabos elétricos e de telecomunicações Cabelte, o Casino de Tróia e o Hotel Quinta das Lágrimas, chegou agora a acordo com o Fundo Arrow Global ACO II, da britânica Arrow, para a venda da empresa de cerâmicasm, de acordo com uma notificação à Autoridade da Concorrência (AdC) divulgada esta segunda-feira.
Em finais do ano passado, a Arrow comprou o Palmares Ocean Living & Golf à King Street Capital Management e à Kronos Homes por um valor em torno dos 400 milhões de euros.