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Sonae Sierra Brasil capitaliza efeito Bolsonaro
As vendas dos lojistas dos centros comerciais da subsidiária brasileira do grupo aumentaram 7% em abril face ao mesmo mês do ano passado, com o CEO da Sonae Sierra a reconhecer que os indicadores de confiança e de consumo “dispararam”.
As expectativas sobre o crescimento da economia brasileira este ano são baixas, mas a Sonae Sierra Brasil fechou os primeiros quatro meses deste ano com uma "performance muito boa", de acordo com o CEO da Sonae Sierra.
Rejeitando chamar-lhe "efeito Bolsonaro", o presidente do Brasil, que tomou posse em janeiro passado, Fernando Guedes de Oliveira salientou que "os indicadores de confiança dispararam, os de consumo aumentaram, a bolsa disparou, o real valorizou".
Resultado: as vendas dos lojistas da subsidiária da Sonae Sierra para o negócio dos centros comerciais no Brasil "cresceram 7% em abril" face ao mesmo mês do ano passado.
Questionado pelo Negócios sobre as conversações da Sonae Sierra Brasil com a Alliansce para uma potencial fusão, o gestor afirmou que "nada tinha a acrescentar" ao último comunicado da empresa sobre a matéria, divulgado junto da CMVM a 22 de março passado, quando, pela primeira vez, se admitiu a existência de um memorando de entendimento.
"Não obstante, os acionistas controladores da companhia informaram que, até à presente data, há apenas um memorando de entendimento não vinculante consubstanciando acertos preliminares entre as partes, que não incluem a escolha dos executivos que comporão a administração da eventual nova companhia combinada, sendo que os termos definitivos da transação continuam sujeitos às negociações entre as partes e à sua adequada formalização", lê-se no comunicado.
A Sonae Sierra Brasil, que está cotada na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e é controlada pela Sonae Sierra e o investidor alemão Alexander Otto, detém nove centros comerciais no Brasil, totalizando 475 mil metros quadrado de área bruta locável e mais de 2.100 lojas.