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Renda de lojas dispara 30% na Rua Augusta em Lisboa

O comércio de rua em, Lisboa e no Porto, está a crescer e as rendas dispararam em vários pontos como é o caso da Rua Augusta, na capital, onde as subidas chegaram aos 30% em 2015. As conclusões são da CBRE.

02 de Março de 2016 às 14:40
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O turismo e a reabilitação urbana estão a provocar um movimento em alta no comércio de rua. Lisboa e Porto são as cidades onde se nota mais este crecimento, com os preços do arrendamento de lojas a dispararem a dois dígitos, em alguns casos, durante em 2015. As conclusões são da análise mais recente feita ao mercado imobiliário em Portugal pela consultora CBRE.

O dinamismo do sector imobiliário do comércio de reua é justificado "em grande parte à conta do turismo, que continua a bater recordes ao nível das dormidas e proveitos, e da reabilitação urbana", refere a CBRE.

Olhando em detalhe para o mercado de retalho no comércio de rua nas duas maiores cidades do país, o estudo conclui que em Lisboa, durante 2015, se manteve "um desempenho positivo", "com a renda ‘prime’ na Avenida da Liberdade e no Chiado a evidenciar um crescimento de 11% face a 2014".

Mas a maior alteração, em alta, verifica-se no arrendamento de lojas na rua Augusta, 30% no valor da renda ‘prime’, que chegam a atingir os 70 euros por metro quadrado (m2) mensalmente.

Para Cristina Arouca, directora de "research" e consultoria da CBRE, citada no comunicado enviado os jornalistas, "a procura de espaços nas principais artérias de rua de Lisboa deverá manter-se forte, em particular nas zonas ‘prime’ da avenida da Liberdade e do Chiado enquanto zonas como a Baixa começam a ficar mais consolidadas, em virtude do aumento do fluxo pedonal e da reabilitação de edifícios".

A dinâmica do comércio de rua, até aqui condicionada pela escassez de produto, deverá ser impulsionada com a entrada no mercado, ao longo de 2016, de cerca de 20 lojas, situadas em edifícios que se encontram actualmente em reabilitação.

"Metade desta oferta está prevista para a avenida da Liberdade com novas insígnias do segmento de luxo a anunciarem a abertura para 2016, nomeadamente a Bulgari e a Versace, assim como os "corners" da Chanel, da Céline e da Dior, integrados em lojas multimarca", acrescenta Cristina Arouca.

Restauração e moda ditam crescimento no Porto

No Porto, o mercado de retalho está consolidado na rua de Santa Catarina, no Passeio dos Clérigos e no quarteirão das Cardosas. Além disso, a mesma análise detectou que "o eixo Mouzinho-Flores está a evidenciar um dinamismo crescente, verificando-se nesta zona um maior número de projectos de reabilitação que permitem a abertura de novas ofertas de restauração e conceitos alternativos no campo da moda".

Ao nível das rendas ‘prime’, o aumento da procura teve um impacto no crescimento de 17% face ao final de 2014. Na Invicta, o estudo diz que as perspectivas de aumento da procura são "muito positiva no domínio da restauração e da moda", concretamente com a inauguração de uma loja na zona por parte do grupo Inditex ainda este ano.

Factores que deverão contribuir para uma subida da renda ‘prime’ em 2016, "particularmente motivada pela oferta insuficiente de qualidade, levando os operadores a considerar a aquisição de espaços bem localizados, ainda por reabilitar", conclui.

 

As rendas ‘prime’ dos centros comerciais registaram, em 2015, um aumento de 12% em Lisboa e de 8% no Porto .

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