Notícia
Preços das casas vão continuar a subir em 2022
A Grande Lisboa continua a ser a zona mais procurada (35% das propriedades vendidas), seguida pela Área Metropolitana do Porto (17%), com as tipologias T2 e T3 a somarem quase 80% dos fogos vendidos.
O mercado imobiliário em Portugal promete continuar quente. Depois de ter registado um aumento da ordem dos 10% no preço do metro quadrado este ano, a consultora Imovendo prevê que o preço das casas vai continuar a aumentar em 2022, uma evolução explicada pela inflação e o aumento da procura.
"Os preços subiram em 2021 e vão continuar a subir em 2022", garante Nélio Leão, CEO da Imovendo, em comunicado.
"Sente-se um abrandamento na oferta, fruto da conjuntura económica e pandémica, agravada pela crise dos materiais e da mão-de-obra, que pressionam a subida de preços e consequentemente a tendência de crescimento das vendas imobiliárias", constata o responsável da consultora imobiliária.
Não obstante a crise e o aumento dos preços, continuará a haver mais procura do que oferta.
"Apesar do expectável aumento da inflação em 2022, enquanto as taxas de juro se mantiverem baixas e os bancos continuarem a conceder crédito, dificilmente haverá mais oferta do que procura", afirma Nélio Leão, ressalvando que, "embora no final de 2022 se possa sentir algum abrandamento, dependendo de como a economia, as famílias e as empresas reagirem à pandemia e as medidas consecutivamente impostas".
De acordo com a Imovendo, a Grande Lisboa continua a ser a zona mais procurada (35% das propriedades vendidas), seguida pela Área Metropolitana do Porto (17%), com as tipologias T2 e T3 a somarem quase 80% dos fogos vendidos.
Números que contrariam as previsões anunciadas no início deste ano, que antecipavam um possível abrandamento do mercado no final de 2021.
De resto, "embora o teletrabalho tenha vindo para ficar e os nómadas digitais sejam uma realidade que se tem multiplicado um pouco por todo o país", o CEO da Imovendo avança que as zonas de Lisboa e do Porto continuarão a ser as mais procuradas em 2022, prevendo que "talvez no final do próximo ano consigamos começar a observar uma descentralização do mercado".