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Mercado de escritórios dispara antes do pico do vírus com menos negócios mas maiores
Embora as áreas de escritório ocupadas sejam cada vez maiores, a procura em Lisboa estagnou e no Porto desceu.
No final do mês de fevereiro, o mercado de escritórios de Lisboa contabilizou uma subida de mais de 140% na ocupação, comparando com o mesmo mês do ano anterior, assinala a Savills. No Porto a tendência é semelhante, com um aumento de 94% na ocupação no conjunto de janeiro e fevereiro. Contudo, o número de operações estagna na capital e desce na Invicta.
Em fevereiro, registou-se um total de 21.000 metros quadrados de espaços de escritórios ocupados em Lisboa. No acumulado de janeiro e fevereiro, o número ascende a 35.000 metros quadrados e foram fechadas 21 operações, o mesmo número verificado em período idêntico do ano 2019.
"Ao cruzarmos o número de negócios com os valores de absorção verificados, depressa conseguimos perceber que o mercado de escritórios de Lisboa é um alvo cada vez maior de operações acima dos 1.000 metros quadrados que são levadas a cabo por grandes ocupantes, geralmente integrados em estruturas multinacionais", explica a Savills, no comunicado enviado às redações.
O setor de atividade dedicado a "Serviços Empresas" foi o grande responsável pelos resultados alcançados, representando 47% do volume total de transações registado nos meses de janeiro e fevereiro de 2020.
No Porto, o volume de absorção total relativo aos meses de janeiro e fevereiro de 2020 cifrou-se nos 8.000 m2, com uma subida de 94% de área ocupada no mesmo período do ano 2019. No entanto, só foram registadas sete operações entre janeiro e fevereiro de 2020, um decréscimo de 42% face ao período homólogo do ano 2019. "Em linha com o que estamos a assistir no mercado de escritórios de Lisboa, no Porto a procura de áreas de grande dimensão é também uma realidade", sutenta a Savills, que aponta as zonas fora do centro como atrativas para as empresas.
Entretanto, face ao aumento de casos de coronavírus em Portugal, várias empresas têm optado por permitir aos colaboradores que trabalhem a partir de casa, em regime de teletrabalho.
Contudo, a Savills mantém-se otimista quanto à evolução deste mercado, de acordo com o comunicado enviado às redações: "Os resultados alcançados no final dos primeiros dois meses de 2020 deixam antever mais um ano de excelente performance do mercado de escritórios de Lisboa", comenta o diretor do Departamento de Escritórios da Savills Portugal, Rodrigo Canas.