Notícia
Há cada vez mais franceses a comprar casa em Portugal
Em 2017, os estrangeiros foram responsáveis por 7,7% dos imóveis transaccionados. Destaque para os franceses, que continuam a ser os não residentes que mais investem no mercado imobiliário nacional.
Para quem está habituado a pagar 12 mil euros por metro quadrado em Paris, pagar quatro ou cinco mil em Lisboa até parece barato. Os preços, aliados aos benefícios fiscais, estão a atrair cada vez mais estrangeiros para Portugal. No ano passado, 7,7% dos imóveis transaccionados em Portugal foram vendidos a não residentes, com destaque para os franceses que foram responsáveis por quase 20% das compras de casas.
"Em 2017, 7,7% dos imóveis transaccionados em Portugal foram vendidos a não residentes, correspondendo a 11,5% do valor total transaccionado (7,3% e 12,5%, respectivamente, em 2016)", de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, 19 de Outubro.
Em relação a 2016, as vendas de imóveis a não residentes aumentaram 19,2% em número e 22,6% em valor. E à semelhança do que aconteceu no ano anterior, foram os residentes em França que mais imóveis comprarem em Portugal: correspondem já a 19,6% do valor total. Logo de seguida, surge o Reino Unido (16,2%), o Brasil (6,9%), a China (6,3%) e a Suíça (5,5%).
"No seu conjunto, os cinco principais países de residência dos compradores que adquiriram imóveis em Portugal em 2017 representavam 54,5% do valor global de vendas a não residentes nesse ano", refere o INE.
Casas a 500 mil euros
O instituto indica ainda que, no ano passado, "6,8% dos imóveis vendidos a não residentes tinham um valor unitário igual ou superior a 500 mil euros, correspondendo-lhes 36,3% do valor total".
"Foi essencialmente a partir de 2013 que o número e o valor dos imóveis adquiridos por não residentes com valor igual ou superior a 500 mil euros mais cresceram em Portugal, mais que duplicando em número e quase duplicando em valor face a 2012", refere o INE.
Relativamente às regiões com maior procura, destaque para o Algarve (42,8%) e a Área Metropolitana de Lisboa (35,0%). Foi também na capital que o valor médio das aquisições foi mais elevado (276,8 mil euros).