Notícia
Gigantes do imobiliário russo encaixam fortunas na pandemia
As maiores empresas do mercado imobiliário russo estão a encaixar vastas fortunas devido ao ativo mercado no país. A expansão da procura por casas é explicada em parte pela criação de subsídios para auxiliar no pagamento de hipotecas, lançado no início da pandemia.
24 de Setembro de 2021 às 12:59
Os gigantes do mercado imobiliário estão a "engordar" as fortunas este ano devido à elevada procura por casas que se tem feito sentir na Rússia. O multimilionário Sergey Gordeev, que é o acionista principal, CEO e "chairman" do grupo PIK, é um dos exemplos.
Segundo o índice de multimilionários da Bloomberg, que acompanha a evolução das maiores fortunas mundiais, é estimado que a fortuna de Gordeev tenha mais do que duplicado este ano, ascendendo aos 8,9 mil milhões de dólares (7,58 mil milhões de euros).
Já Pavel Golubkov e Mikhail Kenin, que detêm participações no Samolet Group, outra empresa de relevo no imobiliário russo, também já viram as suas participações aumentar de valor para mais de mil milhões de dólares este ano. Tudo à "boleia" da subida das ações do grupo, que este ano já valorizaram 454%.
O mercado imobiliário tem estado a crescer após o primeiro impacto da pandemia de covid-19 - e o mercado russo não foge a esta tendência. As baixas taxas de juro e o aumento da procura por casas estão a justificar este crescimento do mercado imobiliário, especialmente com um número crescente de compradores à procura de habitações maiores.
Mas há outro fator relevante no mercado russo: os subsídios do Governo para ajudar os cidadãos a suportar os custos dos empréstimos. Em abril de 2020, Moscovo apresentou um programa de subsídios aos empréstimos, com o objetivo de estimular a procura durante o contexto de pandemia.
Os preços das propriedades têm escalado no mercado russo desde então. Os preços das casas já subiram 14,4% nos últimos 12 meses, o que coloca o país no top 10 global dos maiores aumentos de preços. As atividades de empréstimos para compra de casa chegaram aos 545 mil milhões de rublos, cerca de 6,4 mil milhões de dólares - um disparo de 150% face ao valor pré-pandemia, segundo os dados da agência de imobiliário russa Cian.
Perante este cenário, com os gigantes do imobiliário a defender que ainda há espaço para o mercado crescer, especialmente em Moscovo e São Petersburgo, os maiores centros urbanos, há quem já deixe avisos sobre uma "bolha" na habitação. É o caso do responsável russo das Finanças, Alexei Moiseev, que afirmou em julho que os subsídios poderão ter consequências mais tarde. Nas palavras deste responsável, é arriscado que quem não tenha condições para pagar um empréstimo o esteja a fazer através destes apoios governamentais.
Também Elvira Nabiullina, governadora do Banco da Rússia, já referiu à imprensa russa que "uma hipoteca é um empréstimo para muito anos, que tem de ser pago".
Em junho deste ano, Vladimir Putin decretou que o subsídio em causa fosse prolongado até julho de 2022, mas com alterações às condições. O apoio à compra de apartamentos foi reduzido de 7% para 6,5%.
Segundo o índice de multimilionários da Bloomberg, que acompanha a evolução das maiores fortunas mundiais, é estimado que a fortuna de Gordeev tenha mais do que duplicado este ano, ascendendo aos 8,9 mil milhões de dólares (7,58 mil milhões de euros).
O mercado imobiliário tem estado a crescer após o primeiro impacto da pandemia de covid-19 - e o mercado russo não foge a esta tendência. As baixas taxas de juro e o aumento da procura por casas estão a justificar este crescimento do mercado imobiliário, especialmente com um número crescente de compradores à procura de habitações maiores.
Mas há outro fator relevante no mercado russo: os subsídios do Governo para ajudar os cidadãos a suportar os custos dos empréstimos. Em abril de 2020, Moscovo apresentou um programa de subsídios aos empréstimos, com o objetivo de estimular a procura durante o contexto de pandemia.
Os preços das propriedades têm escalado no mercado russo desde então. Os preços das casas já subiram 14,4% nos últimos 12 meses, o que coloca o país no top 10 global dos maiores aumentos de preços. As atividades de empréstimos para compra de casa chegaram aos 545 mil milhões de rublos, cerca de 6,4 mil milhões de dólares - um disparo de 150% face ao valor pré-pandemia, segundo os dados da agência de imobiliário russa Cian.
Perante este cenário, com os gigantes do imobiliário a defender que ainda há espaço para o mercado crescer, especialmente em Moscovo e São Petersburgo, os maiores centros urbanos, há quem já deixe avisos sobre uma "bolha" na habitação. É o caso do responsável russo das Finanças, Alexei Moiseev, que afirmou em julho que os subsídios poderão ter consequências mais tarde. Nas palavras deste responsável, é arriscado que quem não tenha condições para pagar um empréstimo o esteja a fazer através destes apoios governamentais.
Também Elvira Nabiullina, governadora do Banco da Rússia, já referiu à imprensa russa que "uma hipoteca é um empréstimo para muito anos, que tem de ser pago".
Em junho deste ano, Vladimir Putin decretou que o subsídio em causa fosse prolongado até julho de 2022, mas com alterações às condições. O apoio à compra de apartamentos foi reduzido de 7% para 6,5%.