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Fundos imobiliários da Corum distribuem 11,8 milhões de dividendo mensal

Os dois fundos de investimento imobiliário da Corum comercializados em Portugal distribuiram 11,8 milhões de euros em dividendos mensais em março. A Corum comprou sete imóveis em Espanha no final de março por cerca de 34 milhões de euros.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Abril de 2020 às 13:56
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Os dois fundos de investimento imobiliário da Corum comercializados em Portugal distribuíram 11,8 milhões de euros em dividendos mensais em março aos "mais de 40 mil acionistas com direito a dividendo", indicou esta quarta-feira a sociedade de soluções de poupança.

Os fundos em questão, o Corum Origin e o Corum XL, dedicam-se  em exclusivo a imóveis comerciais e pagam potenciais dividendos mensalmente.

A sociedade assinala que, já em período da pandemia de covid-19, o Corum XL, que conta com mais de 15 mil subscritores, paga um dividendo relativo a março de 1,05 euros por ação. Este fundo registou 6,26% de rentabilidade anual e pagou um dividendo médio mensal de 0,98 euros por ação em 2019. O valor de cada ação, com todos os custos incluídos, é de 189 euros.

Já o Corum Origin, com mais de 30 mil subscritores, pagou 5,45 euros por ação nos dividendos relativos a março. O Corum Origin apresentou uma rendibilidade anual de 6,25% no ano passado com um dividendo médio mensal de 5,44 euros por ação em 2019, valor que não inclui o dividendo extraordinário de dezembro. O valor de cada ação ascende a 1.090 euros.

"O impacto económico da crise sanitária que afeta a Europa e o Mundo continua a ser incerto no entanto, os dividendos de março pagos pelos nossos fundos estão em linha com a remuneração distribuída no ano passado", assinala, no comunicado, José Gavino, diretor da Corum em Portugal.

O responsável confia que a estratégia de diversificação permitirá à Corum consiga que esta crise "tenha um impacto relativamente ligeiro nos nossos fundos". A Corum tem imóveis em 16 países que albergam empresas de diversos setores de atividade.

"Investimos exclusivamente em imóveis comerciais, que são arrendados a empresas escolhidas criteriosamente pela sua capacidade financeira. Empresas ligadas à economia real, de sectores como o retalho ou a saúde, entre outros, com contratos de longo prazo. E é a equipa da Corum quem faz a gestão integral dos edifícios, o que nas últimas semanas resultou num importante passo para a defesa dos interesses dos investidores uma vez que permitiu uma gestão rápida e próxima dos arrendatários", sublinha José Gavino.

E, revela o comunicado, já no final de março, a Corum "adquiriu sete edifícios em Espanha para o portefólio do fundo Corum Origin, arrendados à cadeia de hipermercados Family Cash, no valor de 33,7 milhões de euros e com uma rentabilidade de 7,12%".

O presidente da Corum, Frédéric Puzin, refere que "hoje enfrentamos uma situação excecional e, mais do que nunca, temos de continuar a pensar no longo prazo, para além da pandemia. Por isso, vamos ajudar os arrendatários mais afetados, adiando, se necessário, o pagamento das suas rendas. Isto vai permitir-lhes ultrapassar a atual conjuntura e retomar a atividade o mais rápido possível. Estamos a reunir todas as condições para manter a performance dos nossos fundos em níveis interessantes ainda em 2020. Todos ficamos a ganhar sendo solidários".

Puzin acrescenta que a Corum continua à procura de boas oportunidades de investimento. "Estamos atentos às oportunidades de mercado que se avizinham, como aconteceu, no mês passado, com a aquisição de uma cadeia de supermercados em Espanha. Acreditamos que vamos encontrar bons investimentos para o portefólio dos nossos fundos, foi o que aconteceu em 2014, quando fizemos a nossa primeira aquisição em Portugal, na altura a recuperar da crise de 2011", frisa.

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