Notícia
Francesa Corum procura imóveis comerciais em Portugal
Após investir 60 milhões de euros na compra de imóveis em Portugal, a gestora quer expandir o portefólio dos fundos, acreditando que “quem está preparado para enfrentar [as crises] encontra sempre boas oportunidades”.
A Corum Investments quer reforçar o portefólio com novos imóveis comerciais, acreditando que a atual situação económica provocada pela pandemia de covid-19 é "a indicada para tirar partido das oportunidades de compra num mercado que, pelo menos temporariamente, vai oferecer rendimentos imobiliários mais realistas face aos últimos anos".
Numa nota enviada esta manhã às redações, a gestora francesa, que desde 2014 já investiu cerca de 60 milhões de euros na compra de imóveis em Portugal, aponta como prioridade a "procura de oportunidades de mercado que permitam expandir o portefólio dos fundos e procurar as melhores soluções para remunerar os investidores".
Portugal já era um dos mercados no radar da Corum. Mas além de investir em ativos imobiliários nacionais, em outubro de 2019 a sociedade de investimento abriu escritórios em Lisboa e passou a comercializar no país dois fundos imobiliários - o Corum Origin e o Corum XL – que contam com mais de 50 mil investidores e que apostam na aquisição de imóveis comerciais e posterior arrendamento a empresas.
"As crises económicas são cíclicas e sabemos que quem está preparado para as enfrentar encontra sempre boas oportunidades de investimento. Acreditamos na resiliência do sector imobiliário e, tendo como base da nossa estratégia a diversificação, temos imóveis em vários países e arrendatários de vários sectores de atividade, estamos numa posição confortável para crescer", resume José Gavino, diretor da Corum em Portugal.
Quando abriu a sucursal portuguesa – o grupo tem também presença física na França, na Holanda e na Áustria –, a Corum Investments esclareceu que já tinha adquirido um total de nove imóveis comerciais espalhados pelo país, o último dos quais o edifício que alberga o supermercado Pingo Doce em Grijó, no concelho de Vila Nova de Gaia.
Traçando um paralelismo com a queda de quase 18% da Bolsa de Lisboa nos primeiros quatro meses do ano, Gavino sustenta que estes fundos são uma alternativa para os investidores. "Num cenário hipotético pessimista, simulando uma perda de 30% dos nossos arrendatários durante um ano, a rentabilidade em ambos os fundos ultrapassaria os 4,4% este ano. Esperamos, no entanto, estar muito próximos dos objetivos de rentabilidade anuais de 5% e 6% para o Corum XL e Corum Orgin, respetivamente", calcula o gestor.