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Davidson Kempner planeia vender hotéis Hilton e Holiday Inn em Gaia
Em causa figuram duas unidades hoteleiras. ECS, gestora de ativos participada pela Davidson Kempner Capital Management, estará à procura de encaixar aproximadamente 50 milhões de euros com a venda do Hilton e 40 milhões com a do Holiday Inn.
A Davidson Kempner Capital Management planeia vender dois hotéis em Vila Nova de Gaia, tirando partido do crescente interesse por ativos de hotelaria no país, revelaram fontes conhecedoras do processo à Bloomberg.
A ECS, uma gestora de ativos participada pela Davidson Kempner Capital Management, está a avaliar propostas pelo Hilton Porto Gaia Hotel e pelo Holiday Inn Porto-Gaia, procurando obter com a venda aproximadamente 50 milhões de euros pelo primeiro, que conta com 194 quartos, e sensivelmente 40 milhões pelo segundo, com um total de 287 quartos e apartamentos, segundo indicaram as mesmas fontes, sob a condição de anonimato, à agência financeira.
A empresa, com sede em Lisboa, que declinou comentar, foi adquirida, no final de 2022 pela norte-americana Davidson Kempner por sensivelmente 850 milhões de euros, num negócio que incluiu um portefólio imobiliário composto por 18 unidades hoteleiras, três campos de golfe, propriedades residenciais e terrenos.
A Davidson Kempner tem vindo a desfazer-se de alguns ativos da carteira hoteleira, sendo o exemplo mais recente a venda do Conrad Algarve à Quinta do Lago, detida pelo empresário irlandês Denis O’Brien, anunciada, no mês passado.
Em comunicado, o CEO da Quinta do Lago, Sean Moriarty, indicou que a aquisição do "resort" de luxo com 154 suites, 80 apartamentos, 2 vilas e 6 restaurantes e bares, incluindo um restaurante com estrela Michelin, representa "um passo transformador", mas sem revelar o valor da transação. De acordo com informação da Cushman & Wakefield, citada pela Bloomberg, o negócio foi fechado por cerca de 150 milhões de euros.
Segundo dados preliminares da consultora, o investimento imobiliário comercial em Portugal cresceu 28% em 2024 para 2,2 mil milhões de euros, com o setor hoteleiro a representar mais de um quinto do total. E esse negócio foi, aliás, um dos maiores do ano, com a Cushman & Wakefield a referir que o valor global de 470 milhões foi "particularmente influenciado" pela compra pelo Grupo Quinta do Lago do Conrad Algarve à Davidson Kempner, assim como pela compra do Sofitel Lisboa Liberdade à Accor Invest por um investidor privado, num valor de 75 milhões, e pela aquisição pela BTG Pactual do The Oitavos ao Grupo Champalimaud por um montante entre 70 e 80 milhões.