A procura por lojas de luxo cresceu, entre Janeiro e Junho de 2013, na Europa, com as rendas ‘prime’ a subirem 5,7%, de acordo com um relatório da Cushman & Wakefield enviado às redacções.

No caso de Portugal, a consultora reconhece que tem também existido um crescente interesse das marcas de luxo no comércio de rua, sendo que a Avenida da Liberdade, em Lisboa, é o principal destino de eleição destas marcas. Na Avenida da Liberdade, de acordo com o comunicado da consultora, o preço por metro quadrado é 960 euros, sendo que este valor sobe para 1.080 euros no Chiado, também na capital portuguesa.

“O impacto na evolução das rendas decorrente desta procura mais intensa foi já sentido em Lisboa ao longo de 2013, e poderá continuar ao longo do ano seguinte. A oferta de lojas de rua nas cidades portuguesas é muito menos elástica que a dos conjuntos comerciais, resultando a escassez de espaços não só num crescimento dos valores praticados, mas também numa extensão das localizações de comércio de rua”, afirma Marta Esteves Costa, associate e diretora de research & consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal.

A consultora defende que "a tendência de maior interesse no mercado de rua em Portugal deve manter-se ao longo de 2014, e mesmo intensificar-se" e várias marcas deste segmento de luxo "encontram-se actualmente em processo de procura de lojas no nosso mercado".

França é o grande mercado para as marcas de luxo

A Cushman & Wakefield sublinha que França é “o país de eleição no que toca à procura por marcas de luxo - mais de 100 lojas, entre novas aberturas, expansões e remodelações, abriram no país desde 2011”. “O aumento do fluxo de turistas bem como a limitação da oferta contribuíram para a subida dos preços das rendas”, acrescenta a consultora.

No ranking das dez localizações mais caras para o retalho de luxo, no topo da tabela está os Campos Elísios, na capital francesa, onde cada metro quadrado custa 13,255 euros. A segunda área mais cara na Europa é a New Bond Street, em Londres, onde cada metro quadrado custa 8.666 euros.

A Cushman & Wakefield, acredita que a “Europa vai continuar a conservar o seu estatuto de maior e mais prestigiado mercado de luxo a nível global no curto-médio prazo, independentemente do recente interesse das marcas por mercados emergentes como a Ásia ou América do Sul”.

“As localizações 'prime' em França, Reino Unido e Itália vão continuar a ser as mais procuradas, e a falta de espaço disponível para arrendamento nestes locais será colmatada pelo aparecimento de novos pontos de interesse nas cidades – muitas vezes adjacentes às principais artérias”, acrescenta.