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Construtoras travam preços do imobiliário com casas novas e reabilitação na periferia

A emissão de licenças para construir novos fogos disparou 38% no primeiro semestre, mas é "insuficiente" para a procura de imóveis e para arrefecer um mercado que continua a quebrar recordes de preços e de transacções.

Miguel Baltazar/Negócios
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 01 de Outubro de 2018 às 12:30

O número de novas casas concluídas durante o primeiro trimestre do ano aumentou 38%, subindo na mesma ordem de grandeza as licenças emitidas para construção de novos fogos até Julho, face ao período homólogo. Apesar de notar "algum ajustamento no mercado", após anos em mínimos de actividade, as empresas do sector apontam que estes crescimentos são "insuficientes para um nível de procura que se continua a antever elevada".

 

Para travar a "escalada dos preços" do imobiliário, que descreve como "uma situação muito penalizadora para uma parte significativa da população portuguesa", a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (Fepicop) insiste que "urge acelerar a construção nova de habitação e a reabilitação nas zonas periféricas das cidades".

 

Os dados divulgados esta segunda-feira, 1 de Outubro, pela entidade formada por duas associações empresariais da construção que vão casar no Porto em 2019, mostram que o volume de transacções de habitação na primeira metade deste ano atingiu o valor mais elevado dos últimos dez anos, antecipando um novo recorde da década nas vendas totais do ano.

 

Até Junho foram vendidos mais de 86,3 mil imóveis residenciais – 81% eram usados – por um total de 11,6 mil milhões de euros, o que correspondeu a crescimentos homólogos de 20% em número e de 30% em valor. O preço médio por transacção (134 mil euros) atingiu "o máximo de toda a série" e 41% do montante global foi financiado por crédito bancário a particulares, que aumentou 25% nos primeiros seis meses do ano, atingindo os 4,7 mil milhões de euro

A 25 de Setembro, numa conferência sobre supervisão comportamental bancária, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, aludiu a "situações de euforia no mercado, nomeadamente no mercado residencial e hipotecário", contrapondo que "a intensidade e a propagação de expectativas distorcidas de valorização de activos são tanto maiores quanto menor for a literacia e a experiência financeiras".
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