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CGD vende 111 propriedades no Douro em leilão online por 1,5 milhões

Localizados na margem esquerda do rio, no concelho de Resende, os 73 prédios rústicos e 38 urbanos, que foram vendidos num único lote, resultam da insolvência de uma empresa do extinto grupo Imoloc, onde o banco público é o principal credor.

10 de Outubro de 2023 às 11:23
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No pico do último verão, a 22 de agosto, arrancava na plataforma E-Leilões o leilão de 111 propriedades, agregadas num único lote, que se estendem por uma área total de 571.968 metros quadrados, no concelho duriense de Resende.

 

Com um valor base de 1.116.077,65 euros e um mínimo em 948.666 euros, este leilão online era composto por 73 prédios rústicos e 38 urbanos, com a área privativa do lote fixada em 167.020 metros quadrados.

 

Situadas entre a margem esquerda do rio Douro e os lugares de Soutinho, Nadais de Baixo, Nadais de Cima e Poçarro, pertencente às freguesias de Resende e São João de Fontoura, as 111 propriedades colocadas em leilão "resultam da insolvência da Qualidade Integral — Promoção Imobiliária, SA — empresa do extinto Grupo Imoloc — e tem como principal credor, em cerca de 90%, a Caixa Geral de Depósitos (CGD)",  lê-se na edição de 22 de setembro do Expresso.

 

Para todo este perímetro duriense esteve prevista a construção de um mega projeto imobiliário-turístico, há mais de duas décadas, mas que viria a ser travado em 2002 após ter sido colocada uma queixa-crime no Ministério Público contra o avanço do empreendimento. 

Em declarações ao jornal do grupo Impresa, Jorge Topa, responsável do departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Resende, garantiu que, "hoje, grande parte destes terrenos estão em áreas REN [reserva ecológica nacional], onde não é possível construir".

 

Alertando para o facto de não ter dados sobre "o resultado do processo que decorre em tribunal", colocado pela Imoloc, que pode vir a condicionar a decisão sobre a aprovação do projeto, Topa realçava, porém, que apenas os 38 prédios urbanos, onde existem preexistências, poderão ser uma garantia de que "é possível construir lá", se não houver outros entraves, rematava o Expresso.

 

Entretanto, o leilão online das 111 propriedades, que decorreu até 4 de outubro passado, fechou por um valor 63% acima do mínimo estabelecido, fixando-se em 1.545.451,50 euros.

 

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