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Banco central da China diz que riscos da Evergrande são “controláveis” e afasta contágio
O Banco Popular da China quebrou o silêncio relativamente à crise no grupo Evergrande. De acordo com o banco central, é “pouco provável” que a situação do gigante imobiliário possa vir a contagiar outras empresas, defendendo que os riscos são “controláveis”.
Depois de várias semanas de silêncio desde que o gigante chinês do imobiliário anunciou que estava numa situação financeira precária (que deixou os mercados em sobressalto), o banco central chinês quebrou o silêncio sobre o assunto. Nas primeiras declarações públicas, afirmou que os riscos são "controláveis" e que será "pouco provável" que se espalhem a outras áreas.
Num "briefing" feito esta sexta-feira, Zou Lan, um porta-voz do Banco Popular da China, afirma que as autoridades e governos locais estão a tentar resolver a situação numa "lógica orientada" para o mercado. De acordo com este responsável, este banco central terá pedido às entidades que financiam as empresas do setor imobiliário no país que mantenham esta área "estável e organizada".
As preocupações em torno do setor imobiliário na China têm aumentado, com receios de que a crise do Evergrande possa estender-se a outros promotores imobiliários, numa altura em que o Presidente chinês mantém regras rígidas no que toca a este setor. Nas últimas semanas as notícias ligadas à Fantasia Holdings e ainda um aviso sobre um "default" provável na Sinic Holdings geraram alguns sustos.
Venda do quartel-general da Evergrande cai por terra
Com o grupo em crise e em situação de incumprimento, a empresa estará a tentar vender o edifício que tem em Hong Kong, refere a agência Reuters.
A Evergrande adquiriu este edifício em 2015, por um montante de 1,61 mil milhões de dólares (1,39 mil milhões de euros).