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Central Shopping renasce como Plaza com investimento de 11 milhões

Praticamente fechado há uma dúzia de anos, após o falhanço de vários projetos comerciais, chegou a ser parcialmente ocupado pela sede da Soares da Costa. Nesta nova reencarnação, vai chamar-se Porto Business Plaza e tem abertura agendada para o verão do próximo ano.

19 de Junho de 2019 às 09:21
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 Projetado durante a década de 1970, o Central Shopping foi inaugurado em 1996, no Porto, e converteu-se, nos anos seguintes, num dos grandes carrascos da saúde financeira da Soares da Costa, empresa que se encontra atualmente em agonia em sede de insolvência.

 

Instalado junto ao Campo 24 de Agosto, com frentes para a Avenida Fernão de Magalhães e a Rua de Santos Pousada, tinha como uma das suas principais âncoras o facto de ser o primeiro "shopping" com cinemas na Baixa da cidade.

 

Os cinemas viriam a fechar, poucos anos depois, e o Central Shopping morreu.

 

Até que, perante o deserto comercial em que este espaço se converteu, a Soares da Costa decidiu transformar a sua sede em hotel "low cost" e mudar-se para o complexo do Central.

Tentou então reativar a zona comercial, transformando-o num centro de conveniência. E marcou a reabertura do então rebatizado Galeria Central para a Primavera de 2010.

Mas o projeto, que assentava na instalação de uma série de formatos da Sonae, como um supermercado Modelo e as lojas Worten e Modalfa, acabou por não avançar.

Entretanto, a Soares da Costa saiu do complexo e deu lugar a outras empresas, como a portuguesa Feedzai e francesa Natixis, que instalou aqui, há cerca de dois anos, um centro de competências, onde emprega atualmente mais de 500 pessoas.

 

O empreendimento acolhe também, desde a sua abertura, um terminal rodoviário e um parque de estacionamento com cerca de 300 lugares.

 

Agora chegou a vez de voltar a tentar dar uma nova vida ao antigo Central Shopping.

Investimento de 11 milhões na reconversão do Central Shopping em Porto Business Plaza

 

O projeto de revitalização e reconversão do antigo centro comercial, que vai ser rebatizado de Porto Business Plaza, oferecerá uma área bruta local de cerca de 17 mil metros quadrados, na sua maioria "open space", em dois pisos, possibilitando a instalação de diversas entidades que poderão ocupar grandes áreas de dimensão variável, no limite até cerca de 6,8 mil metros quadrados num único piso.

 

Existirão ainda até mil metros quadrados para retalho e, adicionalmente, está prevista uma intervenção nos antigos cinemas, que serão transformados num espaço polivalente com cerca de 3,5 mil metros quadrados.

O promotor é o dono do imóvel, a SDC Investimentos, que é controlada pela Investéder, de António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos, e que ainda detém um terço do capital da Soares da Costa.

 

Num investimento previsto de cerca de 11 milhões de euros, a reabilitação deverá iniciar-se no terceiro trimestre deste ano e estar concluída no prazo de um ano.

 

Na manhã desta quarta-feira, 19 de junho, durante a apresentação do projeto, o promotor realçou que este projeto, da autoria do arquiteto Alexandre Burmester, terá "amplos espaços verdes e uma zona de restauração e lazer" na praceta adjacente ao Campo 24 de agosto, numa intervenção paisagística que terá a assinatura do arquiteto Luís Alçada Baptista.

 

"A renovação deste equipamento, encerrado há vários anos, vai valorizar todo o quarteirão e constituirá mais um passo importante no processo de revitalização desta área da cidade, justificando o investimento que o grupo está a realizar", afirmaram António Castro Henriques e Gonçalo Andrade Santos.

 

"Na realidade, trata-se da segunda fase do relançamento comercial deste complexo, que se iniciou em 2016 com a reabertura do terminal rodoviário hoje operado pela Transdev e com a ocupação pela Natixis de cerca de 12 mil metros quadrados de escritórios", detalharam os administradores da SDC Investimentos.

Grande Porto tem 11 projetos de escritórios que totalizam 170 mil metros quadrados

De acordo com os dados da Cushman & Wakefield, a responsável pela comercialização do Porto Business Plaza, estão em promoção 11 novos projetos de escritórios para o Grande Porto, que totalizam aproximadamente 170 mil metros quadrados de oferta nova, dos quais se prevê que quatro sejam inaugurados ainda no decorrer deste ano, trazendo ao mercado cerca de 67 mil metros quadrados.

 

"Em fase menos avançada encontram-se outros sete projetos, com conclusão prevista para os anos 2020 a 2025, que disponibilizam uma oferta adicional de 100 mil metros quadrados", adiantou a mesma fonte.

 

A Cushman & Wakefield avançou que "este dinamismo é igualmente confirmado pela atividade da procura, que registou em 2018 um valor recorde", tendo identificado mais de 50 negócios que totalizam cerca de 80 mil metros quadrados de ocupação.

(Notícia atualizada às 12:12)

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