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Viana do Castelo aspira a capital das energias renováveis “offshore”

A autarquia diz já ter sido sondada para investimentos de mil milhões que criariam empregos na indústria naval e metalomecânica. Centro internacional de testes de energias offshore nasce até 2026 com dinheiro da bazuca.

António Larguesa alarguesa@negocios.pt 22 de Julho de 2021 às 11:08

Viana do Castelo está a posicionar-se para receber novos investimentos no domínio das energias renováveis oceânicas, aproveitando o "grande potencial de produção" que o concelho minhoto dispõe a partir da costa atlântica.

 

O município garante que "tem tido várias manifestações de interesse de empresas interessadas em investir em novos projetos offshore, que se traduziriam em investimentos diretos na ordem dos 1.000 milhões de euros".

 

A "forte componente de empregabilidade nas indústrias metalomecânicas e navais, envolvendo a construção ou fretamento de embarcações de apoio e manutenção das futuras plataformas em offshore", é também destacada numa nota enviada ao Negócios.

 

O desenvolvimento deste cluster de energias offshore arrancou com o projeto Windfloat Atlantic, o primeiro parque eólico flutuante da Europa continental, um investimento de 125 milhões de euros feito pelo consórcio Windplus (EDP Renováveis, Engie Repsol e Principle Power), instalado a 20 quilómetros da costa, ao largo de Viana do Castelo.

 

2026Centro de testes
A autarquia prevê concluir em cinco anos a instalação de um centro internacional de testes de energias offshore, com verbas do PRR.



As apostas empresariais estão a mobilizar também as Universidades, os Institutos Politécnicos e outros centros de investigação da região para este setor, estando já prevista uma candidatura a fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) para a instalação de um centro internacional de testes de energias offshore até 2026.

 

Recentemente, arrancou também em Viana do Castelo o "Atlantic Project", projeto de desenvolvimento de robótica submarina para monitorização e tratamento de indústrias offshore, sob a coordenação do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inest Tec), que envolve um consórcio de universidades e centros de investigação europeus.

 

Esta conferência pode ajudar a identificar os novos projetos de investimento que estão a ser preparados não só nas áreas da produção de energia, como em sistemas tecnológicos e científicos. José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo



Para "ajudar a identificar os novos projetos de investimento que estão a ser preparados não só nas áreas da produção de energia, como em sistemas tecnológicos e científicos", resume o presidente, José Maria Costa, a Câmara organiza esta sexta-feira, 23 de julho, uma conferência internacional sobre as energias renováveis offshore e os novos desafios da descarbonização.

Além dos ministros com as pastas da Economia, do Ambiente e da Ciência, e do presidente da Comissão de Acompanhamento do PRR, António Costa Silva, no evento agendado para o Hotel Flor de Sal vão estar os porta-vozes da Ocean Winds (aliança EDP Renováveis e Engie), da espanhola Acciona Energia, da alemã Baywa RE, da francesa Total, da produtora dinamarquesa de turbinas Vestas e da sueca CorPower, que já este ano assegurou um financiamento de 7,3 milhões de euros do Norte 2020.


A CorPower Ocean está a investir um total de 16 milhões na construção de um centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) no porto de mar de Viana do Castelo para a produção de conversores da energia das ondas, como resultado de um acordo estabelecido com Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

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