Notícia
Alemã BayWa r.e quer parque flutuante com 30 turbinas e 600 MW em Viana do Castelo
A empresa conta com direitos para desenvolver o projeto offshore Buchan, de 960 MW, na Escócia, e a pré-qualificação para um projeto de 250 MW no sul da Bretanha. Somam-se mais 500 MW no Mar Mediterrâneo.
Não é de agora o interesse da alemã BayWa r.e no potencial da energia eólica que pode ser produzida com turbinas flutuantes no mar português. Tal como o Negócios já tinha avançado, já no passado a empresa com sede em Munique tinha pedido ao Governo para instalar um parque eólico com 400 a 600 MW de capacidade, mas acabou remetida para os leilões com uma capacidade de 10 GW que terão lugar no próximo ano em Portugal.
A data para os leilões de energia eólica offshore ainda não está definida, mas o grupo de trabalho que foi instituído pelo Governo terá de apresentar as suas propostas até maio. No entanto, fontes ouvidas pelo Negócios apontam a realizam dos leilões para prazos nunca antes de outubro, ou seja, do último trimestre de 2023.
Esta segunda-feira, a BayWa r.e. anunciou em comunicado que apresentou oficialmente o pedido de licença para o seu "primeiro projeto eólico offshore flutuante comercial, sem subsídios, ao largo da costa portuguesa". A empresa solicitou assim direitos de uso exclusivo para desenvolver um parque eólico offshore flutuante com 30 turbinas e até 600 MW no total, numa zona ao largo da costa de Viana do Castelo.
"A BayWa r.e. entra agora na fase decisiva do processo de autorização oficial em Portugal, após discussões iniciais e todas as etapas de consulta com o governo português e as partes interessadas a nível local", anunciou a empresa. acrescentando que o projeto será realizado sem quaisquer subsídios públicos, através de um contrato de compra de energia (PPA).
"Temos trabalhado arduamente com nossos parceiros industriais e todas as partes interessadas durante o processo de desenvolvimento. Agora é hora de levá-lo para o próximo nível. Estamos ansiosos por continuar a colaborar com o governo e as autoridades portuguesas", disse Ricardo Rocha, diretor técnico eólico offshore da BayWa r.e.
A empresa alemã já conta no seu portfólio com projetos semelhantes, incluindo direitos para desenvolver o projeto offshore Buchan de 960 MW na costa nordeste da Escócia, e a pré-qualificação para dois concursos eólicos offshore flutuantes em França, incluindo um projeto de 250 MW no sul da Bretanha. Somam-se ainda dois projetos com capacidade total de 500 MW no Mar Mediterrâneo.
"A zona onde vai ser construído o nosso parque eólico flutuante em Portugal faz parte do plano de ordenamento do território marinho do governo português, pelo que já tem uma zona dedicada", comentou Lorenzo Palombi, diretor global de Wind Projects na BayWa r.e.
Além da alemã, há muitas outras empresas de olho nos leilões que se vão realizar em 2023, como o consórcio Ocean Winds (constituído pela EDP e a Engie, que já têm o parque flutuante Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo), a dinamarquesa Orsted, a espanhola Iberdrola, a recém-criada "joint venture" irlandesa e espanhola Iberblue Wind e até outras empresas alemãs. Soma-se à lista a coreana CS Wind, que no início deste ano assumiu 100% do capital da portuguesa ASM Industries, líder nacional no fabrico de torres eólicas, as espanholas Capital Energy e Acciona e ainda a sul-coreana Hanwha Q Cells, a grande vencedora dos leilões de energia solar de 2020, apurou o Negócios.
Na prática, fonte do setor energético disse ao Negócios que todas as empresas que participaram em leilões anteriores estão também interessadas neste leilão, apesar de ser muito diferente. Por outro lado, surgem manifestações de interesse de companhias que nem sequer estão no mercado português. "Não vai faltar interesse", refere a mesma fonte.
A data para os leilões de energia eólica offshore ainda não está definida, mas o grupo de trabalho que foi instituído pelo Governo terá de apresentar as suas propostas até maio. No entanto, fontes ouvidas pelo Negócios apontam a realizam dos leilões para prazos nunca antes de outubro, ou seja, do último trimestre de 2023.
"A BayWa r.e. entra agora na fase decisiva do processo de autorização oficial em Portugal, após discussões iniciais e todas as etapas de consulta com o governo português e as partes interessadas a nível local", anunciou a empresa. acrescentando que o projeto será realizado sem quaisquer subsídios públicos, através de um contrato de compra de energia (PPA).
"Temos trabalhado arduamente com nossos parceiros industriais e todas as partes interessadas durante o processo de desenvolvimento. Agora é hora de levá-lo para o próximo nível. Estamos ansiosos por continuar a colaborar com o governo e as autoridades portuguesas", disse Ricardo Rocha, diretor técnico eólico offshore da BayWa r.e.
A empresa alemã já conta no seu portfólio com projetos semelhantes, incluindo direitos para desenvolver o projeto offshore Buchan de 960 MW na costa nordeste da Escócia, e a pré-qualificação para dois concursos eólicos offshore flutuantes em França, incluindo um projeto de 250 MW no sul da Bretanha. Somam-se ainda dois projetos com capacidade total de 500 MW no Mar Mediterrâneo.
"A zona onde vai ser construído o nosso parque eólico flutuante em Portugal faz parte do plano de ordenamento do território marinho do governo português, pelo que já tem uma zona dedicada", comentou Lorenzo Palombi, diretor global de Wind Projects na BayWa r.e.
Além da alemã, há muitas outras empresas de olho nos leilões que se vão realizar em 2023, como o consórcio Ocean Winds (constituído pela EDP e a Engie, que já têm o parque flutuante Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo), a dinamarquesa Orsted, a espanhola Iberdrola, a recém-criada "joint venture" irlandesa e espanhola Iberblue Wind e até outras empresas alemãs. Soma-se à lista a coreana CS Wind, que no início deste ano assumiu 100% do capital da portuguesa ASM Industries, líder nacional no fabrico de torres eólicas, as espanholas Capital Energy e Acciona e ainda a sul-coreana Hanwha Q Cells, a grande vencedora dos leilões de energia solar de 2020, apurou o Negócios.
Na prática, fonte do setor energético disse ao Negócios que todas as empresas que participaram em leilões anteriores estão também interessadas neste leilão, apesar de ser muito diferente. Por outro lado, surgem manifestações de interesse de companhias que nem sequer estão no mercado português. "Não vai faltar interesse", refere a mesma fonte.