Notícia
IberBlue Wind quer instalar 55 eólicas flutuantes ao largo da Figueira da Foz
A construção do parque eólico offshore flutuante com uma capacidade de 990 MW, a uma distância entre 30 a 50 km da costa da Figueira da Foz, tem um investimento estimado de 2,5 mil milhões de euros.
17 de Fevereiro de 2023 às 15:30
O consórcio espanhol e irlandês IberBlue Wind anunciou esta sexta-feira o seu primeiro projeto em Portugal para a construção de um parque eólico offshore flutuante com uma capacidade de 990 MW, ao largo da Figueira da Foz. O investimento associado ao projeto é de 2,5 mil milhões de euros, confirmou o Negócios junto da empresa.
Este valor faz parte de um pacote de 6.000 milhões de euros já anunciado pela empresa para construir 1GW de eólico offshore flutuante em Portugal. No país, a IberBlue Wind mostrou ambição de desenvolver pelo menos dois parques eólicos offshore flutuantes com uma capacidade de 500 MW, cada um deles com um "um investimento global de cerca de três mil milhões de euros". O período estimado de construção é de 8 a 10 anos.
A empresa garantiu também que vai participar ativamente nos leilões de energia eólica flutuante offshore que deverão ter lugar no último trimestre de 2023, como já anunciou o primeiro-ministro, António Costa, tendo já dado conta ao Governo português das suas ambições.
"Denominado de Botafogo, em homenagem ao galeão português que foi construído no séc.XVI e que ficou conhecido como o navio de guerra mais poderoso do mundo na sua época, o parque eólico ocupará uma área de 359 km2 e terá 55 turbinas eólicas, cada uma com uma capacidade de 18MW, o que perfaz um total de 990 MW de capacidade instalada, que poderão fornecer eletricidade a centenas de milhares de casas", anunciou, em comunicado, a 'joint-venture' criada para a promoção de parques eólicos offshore flutuantes na Península Ibérica.
Fonte oficial da empresa adiantou ainda à agência Lusa que "a IberBlue Wind ainda está a trabalhar no modelo financeiro do projeto para Portugal, mas o valor estimado é de 2.500 milhões de euros".
A Figueira da Foz é uma das cinco áreas propostas pelo Governo para a exploração de energias renováveis no mar, com a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW), Leixões (463,36 km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).
"A escolha da IberBlue Wind nesta área justifica-se pela combinação entre o seu elevado potencial eólico, infraestrutura portuária e baixo impacto sobre outras atividades que decorrem na área envolvente", apontou a 'joint-venture'.
A entidade disse ainda que já iniciou os contactos com os portos, bem como com outras instituições regionais e locais, com o objetivo de "reunir todas as contribuições e proporcionar ao projeto a máxima transparência e integração no território".
A IberBlue Wind prevê que o projeto permita a criação de "milhares de postos de trabalho", sobretudo na fase de desenvolvimento e construção do parque eólico, operação e manutenção das turbinas.
O projeto prevê a implementação de plataformas flutuantes, ancoradas no fundo do mar, entre 30 a 50 km da costa.
Além deste novo projeto Botafogo, a IberBlue Wind anunciou já, em novembro do ano passado, um outro projeto em Espanha, o Nao Victoria, localizado no Mar de Alborão, ao largo das costas de Cádis e Málaga, com uma área de 310 km2 e uma capacidade instalada de, também, 990 MW, e vai anunciar "em breve" mais projetos para a Península Ibérica.
Este valor faz parte de um pacote de 6.000 milhões de euros já anunciado pela empresa para construir 1GW de eólico offshore flutuante em Portugal. No país, a IberBlue Wind mostrou ambição de desenvolver pelo menos dois parques eólicos offshore flutuantes com uma capacidade de 500 MW, cada um deles com um "um investimento global de cerca de três mil milhões de euros". O período estimado de construção é de 8 a 10 anos.
"Denominado de Botafogo, em homenagem ao galeão português que foi construído no séc.XVI e que ficou conhecido como o navio de guerra mais poderoso do mundo na sua época, o parque eólico ocupará uma área de 359 km2 e terá 55 turbinas eólicas, cada uma com uma capacidade de 18MW, o que perfaz um total de 990 MW de capacidade instalada, que poderão fornecer eletricidade a centenas de milhares de casas", anunciou, em comunicado, a 'joint-venture' criada para a promoção de parques eólicos offshore flutuantes na Península Ibérica.
Fonte oficial da empresa adiantou ainda à agência Lusa que "a IberBlue Wind ainda está a trabalhar no modelo financeiro do projeto para Portugal, mas o valor estimado é de 2.500 milhões de euros".
A Figueira da Foz é uma das cinco áreas propostas pelo Governo para a exploração de energias renováveis no mar, com a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW), Leixões (463,36 km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).
"A escolha da IberBlue Wind nesta área justifica-se pela combinação entre o seu elevado potencial eólico, infraestrutura portuária e baixo impacto sobre outras atividades que decorrem na área envolvente", apontou a 'joint-venture'.
A entidade disse ainda que já iniciou os contactos com os portos, bem como com outras instituições regionais e locais, com o objetivo de "reunir todas as contribuições e proporcionar ao projeto a máxima transparência e integração no território".
A IberBlue Wind prevê que o projeto permita a criação de "milhares de postos de trabalho", sobretudo na fase de desenvolvimento e construção do parque eólico, operação e manutenção das turbinas.
O projeto prevê a implementação de plataformas flutuantes, ancoradas no fundo do mar, entre 30 a 50 km da costa.
Além deste novo projeto Botafogo, a IberBlue Wind anunciou já, em novembro do ano passado, um outro projeto em Espanha, o Nao Victoria, localizado no Mar de Alborão, ao largo das costas de Cádis e Málaga, com uma área de 310 km2 e uma capacidade instalada de, também, 990 MW, e vai anunciar "em breve" mais projetos para a Península Ibérica.