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Fundo dinamarquês quer investir 8.000 milhões de euros em 2GW de eólicas offshore na Figueira da Foz

O projeto Nortada será desenvolvido ao largo da costa da Figueira da Foz (uma das cinco zonas identificadas para a implantação de capacidade eólica offshore no mar português) e terá uma capacidade de 2 GW.

DR
07 de Fevereiro de 2023 às 12:36
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O fundo de investimento dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), que se dedica a projetos de infraestruturas e energias renováveis, anunciou esta terça-feira a entrada no mercado português das energias eólicas offshore com o projeto Nortada, que conduzirá a um investimento de oito mil milhões de euros.

Este projeto será desenvolvido ao largo da costa da Figueira da Foz (uma das cinco zonas identificadas para a implantação de capacidade eólica offshore no mar português, pelo grupo de trabalho mandatado pelo Governo) e terá uma capacidade de 2 GW.

A entrada do Copenhagen Infrastructure Partners no mercado nacional, assim como o projeto Nortada, ficarão a cargo da Copenhagen Offshore Partners (COP), empresa de desenvolvimento, construção e operação de projetos de energia eólica offshore, e parceiro exclusivo para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos offshore, informou a CIP em comunicado. 

"O projeto Nortada será o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal. A energia eólica offshore tem um enorme potencial de crescimento e evolução e, como tal, representa uma colossal oportunidade para o país. Com a materialização deste projeto, pretendemos colocar Portugal na linha da frente da transição energética a nível mundial", afirmou Afonso César Machado, responsável da COP pelo mercado português.

A par do projeto 100% comercial já apresentado pela alemã BayWa r.e, para instalar um parque eólico offshore flutuante com 30 turbinas e uma capacidade instalada até 600 MW em Viana do Castelo, no valor de dois mil milhões de euros, com esta manifestações de interesse do fundo dinamarquês fica revelado o segundo projeto com interesse em investir no potencial  eólico offshore português fora dos leilões que o Governo já anunciou para este ano e que devem ter lugar no último trimestre de 2023.   

A expansão da presença do fundo dinamarquês em Portugal para o mercado eólico offshore surge na sequência das "ambições reveladas pelo Governo, assim como dos resultados preliminares do Grupo de Trabalho. A CIP vê um enorme potencial no mercado eólico offshore português e aplaude as ambições do Governo", refere o mesmo comunicado.

"Estamos muito satisfeitos por fortalecer a nossa presença em Portugal, em particular no mercado da energia eólica offshore. O projeto Nortada tem um enorme potencial e é um importante marco que contribuirá para o crescimento desta indústria em Portugal, assim como para a criação de emprego e de crescimento económico sustentável», afirmou, por seu lado, Michael Hannibal, Partner na Copenhagen Infrastructure Partners.

A CIP gere dez fundos, com um total de mais de 19 mil milhões de euros. Estes fundos já participaram na decisão final de investimentos de mais de 20 projetos de energia renovável de grande escala em vários países, com um total de mais de 10 GW de capacidade instalada.

A energia eólica offshore, tanto de tecnologia fixa como flutuante, faz parte da estratégia de crescimento da CIP, o que é demonstrado pelos mais de 50 GW de projetos eólicos offshore no seu portefólio (dos quais mais de 20 GW são com tecnologia eólica offshore flutuante). 

Recentemente, a empresa acrescentou a Califórnia (1 GW), Irlanda (2,2 GW) e Dinamarca (5,2+ GW) ao seu portfólio global, preparando-se para reforçar a presença na Europa com a entrada no mercado português.
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