A maior "utility" da Áustria, a Verbund, tinha confirmado o interesse na compra das barragens que a EDP colocou à venda. Contudo, decidiu não avançar com uma proposta, depois de ter analisado os riscos e as oportunidades desta operação, revelou um porta-voz da empresa à Bloomberg.

Em causa estão os projetos hidroelétricos ibéricos, de cerca de dois gigawatts, cuja alienação deverá permitir um encaixe de 2 mil milhões de euros à EDP.

O presidente executivo da Verbund, Wolfgang Anzengruber, tinha confirmado o interesse da empresa nestes ativos da EDP numa conferência de imprensa em setembro. O responsável explicou na altura que "os ativos hidroelétricos não surgem no mercado com muita frequência", o que justifica que a empresa austríaca analisasse estes ativos.

O CEO da Verbund realçou, em setembro, que a empresa ia analisar os ativos e depois tomar uma decisão, o que parece ter já acontecido, tendo a empresa decidido não avançar.

No dia 5 de setembro, a Reuters noticiou que a elétrica liderada por António Mexia já tinha uma "short list", composta por cinco empresas, onde já constava o nome da Verbund. Entre as empresas que farão parte desta lista estão, além da Verbund, a espanhola Iberdrola e a norueguesa Stratkraft.

O processo de venda está a ser liderado pelo Morgan Stanley e pelo UBS e já atraiu também o interesse de outras empresas e fundos de investimento na Europa, como a Enel, a Engie, a Macquarie e a Brookfield, segundo as mesmas fontes. No entanto, ainda não é certo que estas entrem na corrida.