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Rui Vilar será CEO da REN durante fase de transição
Os maiores accionistas da REN acordaram colocar provisoriamente como presidente Emílio Rui Vilar, até ser encontrado um novo CEO para substituir Rui Cartaxo, que se despede da REN garantindo que na administração da empresa viveu “sete anos muito gratificantes”.
Os accionistas de referência da REN – Redes Energéticas Nacionais acordaram nomear Emílio Rui Vilar para o cargo de presidente do conselho de administração e da comissão executiva, em substituição de Rui Cartaxo, durante “uma fase de transição”, até que seja nomeado um novo presidente da comissão executiva (CEO).
Em comunicado ao mercado a REN confirmou que Rui Cartaxo apresentou a sua renúncia à liderança da empresa, em cuja administração entrou em 2007. Não foram detalhados os motivos da sua saída, apenas se referindo, no comunicado, a “vontade pessoal” de Cartaxo de sair.
Em face da demissão de Rui Cartaxo, o núcleo duro de accionistas da REN concordou em submeter à próxima assembleia geral uma proposta para que Emílio Rui Vilar assuma provisoriamente a presidência da REN, incluindo o cargo de CEO. Essa proposta é subscrita pela State Grid, Oman Oil, EGF, Gestmin e Oliren, accionistas que no seu conjunto detêm 59,3% do capital da REN.
A proposta não estipula um prazo para as novas funções de Rui Vilar, apenas defendendo que a “fase de transição permita nomear atempadamente um novo presidente da comissão executiva da empresa cujo perfil contribua para a continuação de uma gestão executiva de excelência”.
Esta não será a única alteração na administração da REN. O comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) propõe ainda a nomeação de Luís Amado da Silva como administrador até ao final do mandato em curso (2012-2014), para que o conselho de administração da REN mantenha 15 elementos.
Rui Cartaxo diz ter tido “sete anos muito gratificantes”
Os accionistas da REN expressaram em comunicado o seu “elevado apreço e agradecimento” a Rui Cartaxo, o qual emitiu igualmente uma nota de balanço da sua passagem pela REN, onde viveu “sete anos muito gratificantes”.
“Foi uma honra liderar uma grande empresa como a REN e participar em transformações tão marcantes como o IPO, a segunda fase de privatização, a evoluçao da empresa para uma das mais eficientes utilities europeias de transporte de energia, ou a definição e arranque da estratégia de internacionalização, uma aposta de longo prazo”, comentou Rui Cartaxo.
“Só tenho palavras de agradecimento aos accionistas da empresa, que me elegeram em três assembleias gerais, e dos quais sempre senti todo o apoio. Foi também uma honra liderar todos aqueles que trabalham na empresa com um empenho e competência admiráveis”, referiu ainda o gestor.
Rui Cartaxo está optimista quanto ao futuro da REN. “Ao tomar a decisao pessoal de passar o testemunho após estes sete anos muito gratificantes estou certo de que a fantástica equipa da REN continuará a fazer a empresa crescer e consolidar o seu negócio a nível nacional e internacional”, indicou o presidente cessante.
A REN, recorde-se, apresenta na próxima segunda-feira, 10 de Março, os seus resultados relativos ao ano 2013.