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Rui Cartaxo de saída da REN
Anúncio oficial da saída do actual CEO da REN será efectuado esta tarde, depois do fecho da bolsa. Segundo o "Público", será substituído por Rui Vilar, antigo presidente da Gulbenkian.
O presidente da REN, Rui Cartaxo, vai deixar de ser presidente do Conselho de Administração, noticiou o “Público”. Segundo esta notícia, que o Negócios já confirmou, Cartaxo vai ser substituído por Rui Vilar, ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
O Negócios sabe que o anúncio oficial da saída de Cartaxo da REN será efectuado em comunicado emitido através da CMVM, depois do fecho da sessão de bolsa desta quinta-feira.
Segundo o "Público", Rui Vilar deverá ficar à frente da REN pelo menos até ao final do ano, quando terminar o mandato dos actuais órgãos sociais. O jornal dá conta que a proposta para a nomeação de Rui Vilar será submetida pelos accionistas na AG que deverá realizar-se em Abril.
A empresa que gere as infra-estruturas de transporte de energia em Portugal é detida em 11% pelo Estado português, sendo que os chineses da State Grid são os maiores accionistas. Vai apresentar resultados na próxima semana.
Rui Cartaxo assumiu o cargo de presidente executivo da REN, em substituição de José Penedos, em 2009, quando este último abandonou a empresa no âmbito do processo Face Oculta.
Emílio Rui Vilar, advogado, é actualmente administrador não executivo da REN, bem como da Fundação Calouste Gulbenkian, tal como indica o currículo disponível no site da REN. É também membro do conselho de administração da Partex Oil and Gas (empresa petrolífera detida pela Fundação Calouste Gulbenkian) e ex-presidente da CGD e da Galp.
Cartaxo em 2013: Sucessão "não está em cima da mesa"
Em entrevista ao Negócios em Dezembro de 2013, Rui Cartaxo assegurou que a sua sucessão na REN, onde terminaria o mandato no final de 2014, não estava em discussão. “O tema não está em cima da mesa, nem vou comentar. São sempre os accionistas que escolhem os gestores. Estou muito satisfeito pelo apoio que tive. Estou no terceiro mandato à frente da REN porque tenho tido o apoio de todos os accionistas”, respondeu então Rui Cartaxo.
Na mesma entrevista, o CEO da REN fez um balanço positivo do seu trabalho à frente da empresa. “Sinto que a empresa está hoje muito mais bem preparada do que estava quando a encontrei. Sem dúvida nenhuma. A internacionalização estava muito longe dos horizontes da empresa. Hoje temos uma equipa que está preparada. Já temos um projecto internacional a dar dividendos (Moçambique) e temos capacidade para ganhar num prazo relativamente curto projectos fora de Portugal. E também sinto que a nível da eficiência da empresa e da cultura, a empresa mudou muito nos últimos cinco anos”, comentou Rui Cartaxo.
(notícia actualizada às 15h15 com mais informação)