Aprovado esta quinta-feira como novo presidente executivo da REN – Redes Energéticas Nacionais, Emílio Rui Vilar disse entender o período de transição em que irá liderar a empresa como “um compromisso activo de preparação do futuro” da REN.

À saída da assembleia geral de accionistas, Rui Vilar declarou aos jornalistas que a sua missão será “assegurar a continuidade do legado muito positivo do Dr. Rui Cartaxo”, mas também reformular o modelo de governo da sociedade.

Segundo Rui Vilar, após a privatização dos últimos 11% que o Estado tem na REN, haverá um “novo desenho da composição accionista”. A operação está prevista para este primeiro semestre de 2014. A partir daí Rui Vilar proporá um novo modelo de “governance” para a REN.

Rui Vilar não se comprometeu com um prazo para essa alteração do modelo de governo. “Eu apresentarei as propostas no momento que for adequado. Depois caberá aos accionistas [a aprovação]”, referiu o novo presidente da REN, que acumulará as funções de presidência executiva e não executiva da empresa até ao final do mandato em curso, que termina este ano.

No futuro modelo, reconheceu Rui Vilar, “a grande diferença será a separação das responsabilidades de “chairman” [ao que tudo indica o lugar ficará com Rui Vilar] e de CEO [os accionistas procurarão um novo gestor]”. “Estou sempre disponível para desafios aliciantes”, comentou.

Quanto a Rui Cartaxo, que esta quinta-feira cessou as suas funções na REN, comentou que Rui Vilar “é a pessoa ideal para liderar a companhia na próxima fase da sua vida”. O ex-presidente da REN garante que Rui Vilar, que já faz parte do conselho de administração da REN há dois anos, “não precisa de conselhos” para liderar a empresa. “Nem me atrevo a dar-lhe conselhos”, comentou.