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Renováveis pouparam 2,4 mil milhões na conta da luz na última década

Estudo da Deloitte aponta poupanças de 2,4 mil milhões de euros no sistema elétrico com renováveis. João Galamba refere que "seria uma irresponsabilidade não seguir estratégia do PNEC".

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Setembro de 2019 às 20:57
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A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis permitiu uma poupança ao sistema de 2,4 mil milhões de euros na última década, de acordo com as conclusões de um estudo da Deloitte a pedido da Associação de Energias Renováveis (APREN). Dados que para o presidente da associação, Pedro Amaral Jorge, e para o secretário de Estado da Energia, João Galamba mostram que Portugal "está no caminho certo"

 

As contas da consultora têm como base o custo que o eletricidade teria caso não houvesse energia renovável (10 mil milhões de euros) e a subtração do sobrecusto das renováveis pagas através dos subsídios e pelos consumidores portugueses (7,6 mil milhões de euros).  

 

O objetivo do estudo era responder a algumas perguntas sobre o impacto socioeconómico do setor a longo prazo, "as quais não estão no Plano Nacional de Energia e Clima", como explicou o presidente da APREN. Tendo como base o cenário deste plano, a Deloitte estima que "até 2030 o PIB proveniente das fontes de energia renovável cresça a um ritmo superior (8,8%) que o PIB nacional (1%),  principalmente devido ao crescimento do solar", lê-se no documento apresentado esta terça-feira.  Além disso, também prevê a criação de 119 mil postos de trabalho (entre 2015 e 2030).

 

Outro dos pontos elencados no estudo prende-se com o contributo das renováveis para a diminuição na importação de combustíveis fósseis. Nos últimos cinco anos permitiu poupar 5 mil milhões e até 2030 permitirá poupanças acumuladas de 32 mil milhões de euros, segundo os números da Deloitte.

 

Números que não surpreendem João Galamba: "Este estudo demonstra que a descarbonização, a transição energética  e as renováveis são uma oportunidade para Portugal", referiu. Aliás, para o secretário de Estado da Energia "era uma irresponsabilidade económica para o país não se empenhar, sem loucuras, neste projeto", acrescentou referindo-se à estratégia do PNEC. "Esta é a maior reforma estrutural que Portugal pode ter nos próximos anos", reforçou.

 

João Galamba desvalorizou ainda as críticas que têm sido feitas sobre o reforço das renováveis levarem a uma queda das receitas fiscais, através da redução do montante de impostos como o ISP.  "Acho que é uma discussão absurda", até porque com os novos investimentos no setor Portugal "pode ficar mais rico".  "Vamos reduzir a nossa dependência energética e vamos ter, de facto, eletricidade mais barata. O estudo vem confirmar aquilo que sabíamos: é uma irresponsabilidade não seguir este caminho", concluiu.

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