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REN entra em empresa do Chile por mais de 172 milhões de euros

A REN comprou 42,5% da Electrogas SA à ENEL Generación Chile por mais de 172 milhões de euros. A empresa tem um gasoduto na zona central do país como 165,5 quilómetros e considerado o mais importante do Chile.

Bruno Simão/Negócios
19 de Dezembro de 2016 às 07:39
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A REN chegou a acordo para comprar 42,5% do capital social da Electrogas SA à Enel Generación Chile por 180 milhões de dólares, mais de 172 milhões de euros, de acordo com a informação enviada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta manhã de 19 de Dezembro.

Esta empresa tem um "gasoduto na zona central do Chile com 165,6 km de comprimento". "Trata-se de um gasoduto de grande relevância no país, que liga o terminal de regaseificação de Quintero a Santiago (a capital e o maior centro populacional chileno) e a Valparaíso (um dos portos mais importantes do Chile)".

Segundo a informação enviada pela empresa lidera por Rodrigo Costa (na foto) ao regulador do mercado de capitais português, esta compra "será concretizada através de uma sociedade do grupo REN e está sujeita, nos termos do contrato, à verificação de um conjunto de condições suspensivas, entre as quais o não exercício do direito de preferência pelos demais accionistas da Electrogas".

A operação, caso se concretize, adianta ainda o comunicado enviado à CMVM, "constituirá um marco importante na internacionalização da REN e enquadra-se no plano estratégico aprovado pelo conselho de administração da REN para 2015-2018".

"A REN procura assim cumprir um dos seus objectivos de médio e longo prazo ao adquirir uma participação relevante num activo enquadrado num dos sectores onde detém ampla experiência e num país com uma economia estável e competitiva", pode ler-se ainda no comunicado.

Já na última sexta-feira, a agência EFE, citada pelo Expansión, avançava que Enel Generación Chile, tinha chegado a um entendimento para vender a participação que detinha na Electrogas. No comunicado enviado ao regulador daquele país não era, contudo, esclarecido quem era o comprador de mais de 40% das acções.

A empresa diz, ainda, que apesar desta aquisição, "Portugal continuará a ser o principal mercado da REN, onde continuará a investir para garantir as necessidades de infraestruturas de eletricidade e gás natural a longo prazo, com uma orientação permanente para a melhoria do desempenho e qualidade de serviço, a fim de fornecer um serviço fiável, seguro e eficiente ao menor custo possível para o país e para os consumidores".

REN atenta a oportunidades no estrangeiro

A operação que está em curso decorre depois de, em Maio do ano passado, a empresa ter revelado que estava atenta a oportunidades fora das fronteiras nacionais. Na altura, a cotada revelou que previa investir até 900 milhões de euros na área internacional nos três anos seguintes (até 2018). Parte deste valor poderá inclui a compra de activos no exterior, com a companhia atenta a oportunidades de aquisição.


A América Latina e África – onde já detém um projecto em Cahora Bassa, em Moçambique – bem como a Europa foram, na altura, apontadas como as principais áreas de interesse da REN. Ainda assim, "o foco continua a ser Portugal".

Agora acrescenta que "este investimento está enquadrado numa estratégia de crescimento conservadora, e de acordo com a dimensão e capacidade financeira da REN". 

 

(Notícia actualizada pela última vez às 08:25)

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