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Projeto Coral Sul "vai pôr Moçambique no mapa do gás natural liquefeito", diz Galp

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio para o desenvolvimento deste rojeto em Moçambique. A empresa garante estar a encontrar fontes alternativas e competitivas à Nigéria, no gás.

Andy Brown fixou como condição, quando assumiu função, não fazer um contrato por mais de dois anos, sabe o Negócios.
Pedro Ferreira
24 de Outubro de 2022 às 12:49
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O presidente executivo da Galp considerou esta segunda-feira que o projeto Coral Sul, em Moçambique, vai colocar aquele país "no mapa do gás natural liquefeito, como um importante fornecedor mundial", complementando os EUA e o Qatar.

"[O projeto] Coral Sul vai pôr Moçambique no mapa do GNL [gás natural liquefeito] como um importante fornecedor mundial. O GNL continua a ser uma parte crucial no fornecimento de energia, agora e no futuro, e Moçambique vai ter um papel central, complementando os Estados Unidos e o Qatar", afirmou Andy Brown, num vídeo gravado a propósito dos resultados do terceiro trimestre e dos primeiros nove meses do ano da petrolífera portuguesa.

O projeto Coral Sul consiste na construção de uma unidade flutuante para a liquefação de gás natural (FLNG), tratando-se do primeiro projeto de desenvolvimento relacionado com as descobertas realizadas na Área 4 na bacia do Rovuma, em Moçambique.

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio para o desenvolvimento da Área 4.

A Eni é a operadora com uma participação indireta de 50%, através da Eni East Africa, a qual detém uma participação de 70% na Área 4.

A Kogas e a ENH detêm uma participação de 10% cada no projeto, enquanto a China National Petroleum Corporation (CNPC) detém uma participação indireta de 20% através da Eni East Africa.

No mesmo vídeo, Andy Brown reiterou que a empresa está a encontrar fontes alternativas e competitivas de gás natural, embora ainda não se conheça o impacto das inundações na Nigéria relativamente às entregas contratualizadas.

"Embora ainda seja incerto qual poderá ser o impacto deste evento [inundações na Nigéria], tendo pré-vendido os volumes, estamos ativamente a encontrar fontes alternativas competitivas de gás", afirmou o presidente executivo que deixa o cargo no no final do ano.

Na semana passada, a Galp informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de que tinha recebido da Nigéria GNL, principal fornecedor nacional de gás natural, "um aviso de força maior baseado nas inundações alargadas que estão a ser vividas na Nigéria, causando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito".

Andy Brown disse, no entanto, esperar "que o fornecimento de gás e as contribuições comerciais para 2023 melhorem significativamente".

A Galp reportou hoje um lucro de 608 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 86% face ao mesmo período do ano passado, e de 187 milhões no terceiro trimestre, mais 16%.

"Estou confiante que a viagem que percorremos para juntos regenerarmos o futuro vai continuar a dar resultados fortes e que a qualidade da equipa e dos ativos da Galp vai permitir-nos crescer, liderando o setor na transição energética. Tem sido um privilégio fazer parte desta jornada como CEO da Galp", rematou Andy Brown.
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