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Produção de eletricidade pela EDP cai 6% até setembro. Capacidade instalada também diminui

A EDP gerou menos 6% de electricidade entre janeiro e setembro de 2021, face ao período homólogo do ano passado. A geração hídrica caiu 17% e a produção a partir de centrais a gás recuou 44%.

Capitalização bolsista da da EDP
14 de Outubro de 2021 às 19:35
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Segundo os dados previsionais apresentados esta quinta-feira, que servem de termómetro para as contas da elétrica nos primeiros nove meses do ano, que serão reveladas no dia 4 de novembro, a geração de eletricidade até setembro caiu 6% em termos homólogos, com a geração hídrica a recuar 17% e a produção a partir de centrais a gás a diminuir 44%.

 

Em contrapartida, a produção a partir de fontes eólicas mais do que duplicou no mesmo período, ao passo que a geração proveniente das centrais a carvão aumentou 57% devido à unidade no Brasil (+376%).

 

As energias renováveis representaram 76% da electricidade gerada pela EDP nos primeiros nove meses do ano, sendo que a geração eólica aumentou 4% em comparação com o período homólogo, principalmente impulsionada pela Europa e Brasil, como resultado de maiores recursos e capacidade instalada.

 

"Durante os primeiros nove meses do ano, o coeficiente de geração hídrica, em Portugal, foi 14% acima da média histórica, enquanto o Brasil vive uma época historicamente seca, que se traduziu numa diminuição de 8% no período homólogo na produção hídrica brasileira. No geral, o factor de utilização do vento foi de 28%, testemunhando uma ligeira redução em comparação com o período homólogo", refere o documento.

 

Desde o início do ano, "foram adicionados ao portfólio +1,2 GW (EBITDA + Eq. MW) de energia eólica e solar de capacidade bruta e no final de setembro de 21 tínhamos 2,7 GW de capacidade em construção. Após a conclusão bem-sucedida do negócio de rotação de activos nos Estados Unidos (participação de 80% de um portfólio eólico de 405 MW), as adições líquidas ascenderam a +0,8 GW", acrescenta.

 

Já a capacidade instalada (EBITDA) globalmente, esta diminuiu 2,4 GW principalmente devido à alienação das duas centrais CCGT em Espanha (0,8 GW) e seis centrais hidroeléctricas em Portugal (1,7 GW) e ao encerramento da central a carvão de Sines (1,2 GW), todas em 2020.

 

A electricidade distribuída em Portugal aumentou 1% entre janeiro e setembro deste ano, justificado pela recuperação do sector da indústria e dos serviços. O decréscimo da temperatura em julho de 2021 face a julho de 2020 foi a principal causa para o abrandamento do crescimento da electricidade distribuída no terceiro trimestre, explica o documento.

 

Em Espanha, o número de clientes ligados mais do que duplicou nos nove meses de 2021, reflexo da aquisição da Viesgo em dezembro de 2020. No Brasil, a distribuição de energia eléctrica cresceu 8% no período homólogo, também em resultado da recuperação económica, adianta a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade.

 

No negócio de comercialização, na Península Ibérica, "o volume comercializado de electricidade aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, apesar da queda significativa do número de clientes (20%) no período, explicada principalmente pela alienação, em 2020, das nossas actividades de comercialização B2C de energia, em Espanha, originando também um decréscimo do volume comercializado de Gás de 30% face ao período homólogo".

 

O preço médio grossista da electricidade nos nove meses atingiu os € 78,5/MWh, "na sequência do forte aumento do 3T21, que registou um preço spot médio de € 117,8/MWh".

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