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Preços na fatura da luz aumentam até 7% em janeiro no mercado liberalizado

O agravamento no custo da eletricidade não será o único fator que fará a conta da luz engordar em 2021: o confinamento também contribui.

Bruno Simão/Negócios
10 de Fevereiro de 2021 às 12:49
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Os comercializadores de eletricidade aumentaram os preços na maioria dos contratos existentes no início deste ano, apesar de se verificar uma descida de preço no mercado regulado, conclui o comparador de tarifários Payper.pt.

O custo de eletricidade pago pelos consumidores, na maioria dos contratos de eletricidade existentes, aumentou no passado mês de janeiro face aos preços cobrados em dezembro de 2020, chegando esse aumento, em alguns casos, a 7,2%. Estas conclusões foram retiradas através de um estudo que analisou, através de inteligência artificial, mais de 6.000 faturas submetidas na plataforma da Payper.pt desde o início de 2021. 

Este aumento acontece em contraciclo com a iniciativa do regulador, que aprovou uma variação das tarifas de venda no mercado regulado de -0,6% para 2021. De acordo com a plataforma, esta queda reflete a redução nos custos da energia verificada nos mercados ao longo de 2020, bem como a redução progressiva que tem vindo a ser aplicada nas tarifas de acesso á rede.

"Neste contexto, seria expectável um efeito final de redução nas faturas pagas pelos consumidores, redução que este estudo vem revelar não estar a ser aplicado pelos comercializadores à maioria dos contratos existentes", afere a Payper.pt.

Tendo em conta que a despesa média anual com a eletricidade nos lares portugueses foi de 846,36 euros em 2020, o efeito destes aumentos pode traduzir-se num custo adicional de até 71 euros para os clientes que mantenham o respetivo tarifário, calcula a mesma entidade.

Confinamento não ajuda

O agravamento no custo da eletricidade não será o único fator que fará a conta da luz engordar em 2021, assinala ainda a plataforma de comparação de faturas. A previsão é a de que o consumo de eletricidade nas habitações, nos meses de janeiro a março de 2021, comparativamente com igual período em 2020, suba em média cerca de 23%.

Contas feitas, a despesa média mensal paga por habitação, que em 2020 ascendeu a €70,55/mês, a persistir a atual situação de confinamento, tendo em conta a descida do IVA para os primeiros 100 kWh consumidos aplicada em 2021, poderá subir 13,5%, para os €80/mês em 2021.

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