Notícia
Poupança nas despesas com energia caiu 10% em Portugal por causa da guerra
O relatório do grupo de coordenação da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) mostra que o consumo de energia primária no setor dos edifícios já reduziu cerca de 4,2% no país entre 2018 e 2022.
De acordo com o mais recente relatório do grupo de coordenação da Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE), publicado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e pela ADENE – Agência para a Energia, o setor dos edifícios em Portugal está numa "trajetória favorável de descarbonização", com o consumo de energia primária e as emissões de CO2 a caírem nos últimos cinco anos. No entanto, continua a ser urgente "aumentar os investimentos na reabilitação energética".
O documento mostra que o consumo de energia primária no setor dos edifícios já reduziu cerca de 4,2% no país entre 2018 e 2022 (a meta para 2030 prevê uma redução de 11%), tendo as emissões de CO2 diminuído 44,1%. Já a área de edifícios renovados apresenta uma trajetória ascendente - sobretudo nos edifícios residenciais -, mas está apenas nos 1,8%, quando a meta para 2030 é de 49%. Neste contexto, o grupo de coordenação alerta para a necessidade de se reforçar o investimento na reabilitação energética e sublinha que o setor dos edifícios continua a ser responsável por 33% do consumo de energia final e por cerca de 18% das emissões totais de gases poluentes em Portugal.
Em relação à poupança nas despesas com energia, o documento mostra que este indicador apresentou em 2022 um valor negativo (-10%), tanto para o setor de edifícios residenciais como não-residenciais, face a uma meta de 29% a atingir em 2030. "Este fator deve-se ao aumento generalizado com o custo da energia devido à guerra", justifica o documento.
Quanto ao indicador de produção de energia renovável local (no edifício ou nas áreas circundantes), este aumentou consideravelmente em todo o parque de edifícios, ultrapassando já em 2022 a meta dos 11% definidos para 2030, com um valor de 17,1%. Neste cenário, as principais fontes de energia em 2022 foram as bombas de calor (ultrapassando pela primeira vez nos últimos cinco anos a biomassa), seguidas da biomassa e do solar térmico (com muito menor expressão).
Também a geração renovável total apresenta uma trajetória ascendente, com um valor em 2022 de 16,4%, o que permitirá atingir a meta dos 68% antes de 2030 para a totalidade do parque dos edifícios. "No entanto é necessário acelerar a eletrificação do setor residencial", refere o relatório.
A percentagem de edifícios renovados chega aos 6,2% em 2020, face aos 69% definidos para 2030: ou seja, "a manter-se neste ritmo será insuficiente, principalmente na tipologia de edifícios residenciais".
No diz respeito às "horas de desconforto", estas reduziram-se em 1,7% em 2022, "sugerindo que o parque habitacional está a melhorar do ponto de vista do conforto térmico", revela o relatório, ainda que este indicador se refira apenas ao inverno. Por seu lado, o indicador de investimento na reabilitação apresenta uma trajetória ascendente.
A ELPRE estabeleceu nove objetivos que devem ser atingidos até 2050, estando entre eles a redução de 34% do consumo de energia primária, o aumento de 63% de produção de energia renovável localmente e a redução de 77% das emissões de gases poluentes.
Para atingir estas metas de descarbonização até meados do século, o relatório recomenda a implementação de um conjunto de medidas, entre as quais melhorar a informação disponível sobre o parque edificado; reforçar e criar mais mecanismos financeiros e benefícios fiscais com vista à renovação e eficiência energética; e criar um plano de ação específico para a reabilitação do parque de edifícios da Administração Pública.
O documento mostra que o consumo de energia primária no setor dos edifícios já reduziu cerca de 4,2% no país entre 2018 e 2022 (a meta para 2030 prevê uma redução de 11%), tendo as emissões de CO2 diminuído 44,1%. Já a área de edifícios renovados apresenta uma trajetória ascendente - sobretudo nos edifícios residenciais -, mas está apenas nos 1,8%, quando a meta para 2030 é de 49%. Neste contexto, o grupo de coordenação alerta para a necessidade de se reforçar o investimento na reabilitação energética e sublinha que o setor dos edifícios continua a ser responsável por 33% do consumo de energia final e por cerca de 18% das emissões totais de gases poluentes em Portugal.
Em relação à poupança nas despesas com energia, o documento mostra que este indicador apresentou em 2022 um valor negativo (-10%), tanto para o setor de edifícios residenciais como não-residenciais, face a uma meta de 29% a atingir em 2030. "Este fator deve-se ao aumento generalizado com o custo da energia devido à guerra", justifica o documento.
Também a geração renovável total apresenta uma trajetória ascendente, com um valor em 2022 de 16,4%, o que permitirá atingir a meta dos 68% antes de 2030 para a totalidade do parque dos edifícios. "No entanto é necessário acelerar a eletrificação do setor residencial", refere o relatório.
A percentagem de edifícios renovados chega aos 6,2% em 2020, face aos 69% definidos para 2030: ou seja, "a manter-se neste ritmo será insuficiente, principalmente na tipologia de edifícios residenciais".
No diz respeito às "horas de desconforto", estas reduziram-se em 1,7% em 2022, "sugerindo que o parque habitacional está a melhorar do ponto de vista do conforto térmico", revela o relatório, ainda que este indicador se refira apenas ao inverno. Por seu lado, o indicador de investimento na reabilitação apresenta uma trajetória ascendente.
A ELPRE estabeleceu nove objetivos que devem ser atingidos até 2050, estando entre eles a redução de 34% do consumo de energia primária, o aumento de 63% de produção de energia renovável localmente e a redução de 77% das emissões de gases poluentes.
Para atingir estas metas de descarbonização até meados do século, o relatório recomenda a implementação de um conjunto de medidas, entre as quais melhorar a informação disponível sobre o parque edificado; reforçar e criar mais mecanismos financeiros e benefícios fiscais com vista à renovação e eficiência energética; e criar um plano de ação específico para a reabilitação do parque de edifícios da Administração Pública.