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Portugal no Top 5 dos maiores produtores de energia solar e eólica

Segundo os dados da Bloomberg NEF, 75% da nova capacidade de energia instalada já é renovável. A Dinamarca liderou na produção de energia eólica e solar, seguida pela Irlanda, Uruguai, Portugal e Reino Unido.

Qilai Shen/Bloomberg
02 de Setembro de 2020 às 10:07
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Com a transição energética na agenda a nível mundial, as energias renováveis estão a ganhar cada vez mais terreno. Enquanto a instalação de centrais eólicas e solares tem acelerado nos últimos anos, a produção de eletricidade através de energia fóssil (gás e carvão) bateu mínimos históricos no ano passado. De acordo com os dados da Bloomberg NEF (New Energy Finance), citados pelo El País, no ano passado 75% da nova capacidade de energia instalada a nível mundial foi proveniente de fontes verdes, enquanto a restante (25%) foi derivada de energia fóssil.

A maioria das novas centrais instaladas (45%) foram de tecnologia fotovoltaica, em muito graças aos avanços tecnológicos que permitiram reduzir os custos de produção. O solar continua a caminhar a passos largos, sendo já a quarta maior fonte de energia a nível global. Porém, ainda atrás do carvão, do gás e da hídrica.

Portugal tem acompanhado o ritmo do crescimento das renováveis e continua a dar cartas neste campo atraindo investidores de vários cantos do mundo, principalmente para a produção eólica e solar. Aliás, ainda este mês o Governo realizou o segundo leilão de energia solar que voltou a bater níveis históricos no preço pedido pelos promotores, com um lote adjudicado por 11,43 euros por megawatt hora.

O reforço nestas áreas parece estar a compensar, tendo colocado Portugal no Top 5 dos países com maiores taxas de penetração de energia eólica e solar. De acordo com os mesmos dados da Bloomberg, que analisou 138 países, no ano passado a Dinamarca foi a líder mundial na produção de energia a partir do sol e do vento (com 55% do total), seguida pela Irlanda (33%), Uruguai (32%), Portugal (28%) e Reino Unido (28%).

Com o reforço nas energias renováveis, as emissões de CO2 do setor energético caíram 1,5% no ano passado, com a redução das emissões de dióxido de carbono na União Europeia e nos Estados Unidos a mais do que compensarem o aumento sustentado na China - que já emite 37% do total, de acordo com os mesmos dados citados pelo site espanhol.

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