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Portugal deverá atingir meta de 80% da energia a partir de fontes renováveis em 2025

Secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, reforçou ainda, num evento dedicado às comunidades de energia, que o Governo "está a fazer tudo ao seu alcance para redobrar os esforços para colocar Portugal na frente da transição energética".

João Galamba quer ter o quadro regulatório e legal antes do fim do mês de agosto.
Stephanie Lecocq/EPA
12 de Dezembro de 2022 às 16:27
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Portugal deverá conseguir alcançar a meta dos 80% de eletricidade a partir de fontes renováveis em 2025, afirmou esta segunda-feira o secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba. 

"O país já deu provas de que consegue otimizar e maximizar a incorporação de fontes renováveis no seu consumo final de energia. Em 2021, Portugal alcançou cerca de 60% de energias renováveis em termos de produção de eletricidade, sendo o objetivo atingir os 80% em 2030. Mas tendo em conta o que já alcançámos, será possível atingir os 80% já em 2025", afirmou, na abertura da conferência "We Share Energy Summit", organizada em parceria com o Negócios. É o primeiro evento em Portugal dedicado às comunidades de energia, essenciais para a descarbonização da economia e a independência energética.

Já em novembro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que as energias renováveis iriam representar 80% do consumo de eletricidade no país até 2026.

João Galamba, que participou por vídeo-conferência, lembrou que o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050 foi assumido em 2016, sendo a década atual "crucial" para alcançar essa meta.

"O caminho exige uma ação conjunta em áreas estratégicas como a eficiência energética, a diversificação de fontes de energia com foco nas renováveis, o aumento da eletrificação de consumo, a promoção de gases renováveis, o reforço e modernização de infraestruturas, a reconfiguração e digitalização do mercado e incentivos à pesquisa e inovação", reforçou.

O secretário de Estado referiu que o sistema de eletricidade tradicional era "unidirecional e centralizado", mas que isso "já está a mudar". "Acreditamos que os consumidores de energia têm um papel fundamental a desempenhar no âmbito do sistema elétrico: agindo individualmente, coletivamente ou através de comunidades de energia", disse, sublinhando que "podem passar de consumidores passivos a agentes ativos que produzem eletricidade", não só para consumo, mas também para venda.

Isto, garantiu, permitirá reduzir os custos através de poupança nas redes de transportação e distribuição e na otimização de soluções de geração de energia.

"Com isto em mente, o Governo tem trabalhado para melhorar a legislação de forma a que esta dê resposta à evolução e aos desafios do mercado", reforçou, garantindo que o Executivo "está a fazer tudo ao seu alcance para redobrar os esforços para colocar Portugal na frente da transição energética".
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