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Petrolífera mexicana que contratou Paulo Portas despede 9.000 trabalhadores
A Pemex vai, além de despedir 9.000 trabalhadores, reforçar o topo da sua pirâmide laboral e pagar mais aos seus executivos. Paulo Portas é conselheiro da filial espanhola desta empresa desde Julho.
A Pemex vai reduzir nove mil postos de trabalho e reforçar a presença de executivos no topo da petrolífera estatal mexicana. Esta é a mesma empresa que, em Julho deste ano, contratou Paulo Portas como conselheiro da sua filial espanhola.
Segundo escreve o El País esta terça-feira, 20 de Setembro, este é mais um passo no plano para "salvar" a empresa que tem sido alvo de paralisações, cortes no orçamento e demissões. A publicação recorda que a petrolífera está "afogada" com prejuízos de 36 mil milhões de dólares (32 mil milhões de euros) só em 2015 e uma dívida "aos ombros" de 160 mil milhões de dólares (143 mil milhões de euros).
A queda do preço do petróleo e a instabilidade e financeira internacional não vieram tornar mais fácil este cenário, que obriga agora à demissão de nove mil dos 125 mil funcionários. São postos de trabalho médios e baixos, com salários a variar entre os 600 e os 6.000 dólares mensais (537 a 5.370 euros).
Mas, se há corte, também há novas contratações. A petrolífera vai reforçar o topo da sua hierarquia, contratando mais executivos e pagando mais aos mesmos. O El País diz que as contratações podem ir até aos 63 gestores, 26 directores-adjuntos e 10 novos directores. Os salários variam entre os 9.000 e os 13.500 dólares (8.000 a 12.000 euros), representando uma subida de 4% face ao ano passado.
Também o conselho de administração da Pemex sofrerá alterações, com uma presença pública cada vez mais diluída no quadro. O antigo vice-primeiro-ministro português Paulo Portas é conselheiro da filial Mex Gas Enterprises, dedicada à comercialização de gás natural em todo o mundo.
No seu mandato como vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, fez duas visitas oficiais ao México, em 2013 e 2014.