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Petrobras vende refinaria na Amazónia por 160,9 milhões de euros

A petrolífera brasileira Petrobras anunciou na quarta-feira que chegou a acordo para vender a sua refinaria na Amazónia por 189,5 milhões de dólares (160,9 milhões de euros), prosseguindo assim o seu plano de desinvestimento 2021-2025.

Reuters
26 de Agosto de 2021 às 06:00
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A refinaria Isaac Sabbá (REMAN), localizada em Manaus, capital do estado do Amazonas e maior cidade da Amazónia, tem uma capacidade de processamento de 46 mil barris de petróleo por dia.

A maior empresa do Brasil informou em comunicado que, juntamente com a refinaria, foram negociados os seus ativos, que incluem um terminal de armazenamento.

A Petrobras assinalou que, uma vez concluída a operação, continuará a operar a refinaria por um período transitório, através de um contrato de prestação de serviços, enquanto o comprador, o Grupo ATEM, estrutura os processos e faz a montagem dos seus equipamentos, procurando assim evitar qualquer interrupção operacional.

No entanto, a companhia esclareceu que a venda da refinaria só será concluída quando esta for aprovada pelos órgãos reguladores.

A REMAN é a segunda refinaria que a petrolífera cede este ano, após ter vendido em março passado a fábrica Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, ao fundo de investimentos Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, por 1.650 milhões de dólares (1.400 milhões de euros).

É também a segunda das oito centrais de processamento de petróleo que a Petrobras incluiu no seu milionário plano de desinvestimento 2021-2025, e que são responsáveis por metade da capacidade de refinação do país.

No entanto, uma delas pode ficar de fora deste conjunto, já que, num outro comunicado divulgado na quarta-feira, a empresa informou que os interessados no processo de venda da refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada na cidade de Recife, declinaram o negócio.

A Petrobras indicou que vai analisar se mantém esta refinaria no seu plano de desinvestimento ou se desiste do negócio.

Mesmo após a venda das oito refinarias, a Petrobras continuará a ser a maior empresa de refinação do país, com capacidade de processamento de 1,15 milhões de barris de petróleo por dia e uma produção de combustível mais eficiente e sustentável.

O plano estratégico de desinvestimentos visa reajustar o tamanho e o enorme endividamento da empresa, e concentrar as operações em atividades mais estratégicas e rentáveis, como a exploração de petróleo e gás nas gigantescas reservas de hidrocarbonetos que possui no pré-sal, um promissor horizonte de exploração em águas muito profundas do Oceano Atlântico.

A Petrobras prevê investimentos de 55 mil milhões de dólares (46,7 mil milhões de euros) em cinco anos na exploração do pré-sal e na entrada em operação de 13 plataformas marítimas de exploração.

Da mesma forma, estima que a produção da empresa cresça de 2,75 milhões de barris diários de petróleo em 2021 para 3,3 milhões por dia em 2025.

Com os ativos que vendeu só no primeiro trimestre deste ano, a Petrobras faturou 2,5 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros).


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